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©Ricardo Palma Veiga

Festival do Vinho do Douro Superior promove colóquio que eleva Foz Côa a ponto de convergência de todas as proximidades

A 8.ª edição do ‘Festival do Vinho do Douro Superior’ (FVDS), realiza-se entre 17 e 19 de Maio, e promete ser o ponto de encontro entre produtores da sub-região duriense e enófilos de vários pontos do País, das ilhas e até do estrangeiro.

Tudo acontece no ExpoCôa, em Vila Nova de Foz Côa, cidade que é, por sua vez, o “ponto de convergência de todas as proximidades”. Esta é a temática do colóquio a ter lugar sábado, dia 18 de Maio, entre as 9 e as 13 horas, com Fernando Melo, jornalista e crítico da Grandes Escolhas, como orientador e moderador.

Nova interioridade 

Sustentada em três pilares – Nordeste, sub-região do Douro Superior e raia –, a chamada nova interioridade tem como base cinco frentes de proximidade: Geográfica e Social, pela interacção directa com distritos/concelhos vizinhos e pelos fluxos de mão de obra e capital humano que crescentemente vão povoando o concelho, respectivamente; Cultural, pelos muitos circuitos das artes, letras e criatividade que passam por Foz Côa; Gastronómica, reforçada pelo despertar para as cozinhas de raízes pela mão de cozinheiros e empresários que regressam à terra natal; e Vínica, pela qualidade e diversidade que se reconhece nos projectos actualmente em afirmação. Cada uma serve de motivo para reunir personalidades.

“Foz Côa, ponto de convergência de todas as proximidades”… ao detalhe

De acordo com o programa, a palestra começa, às 09h15, com a proximidade geográfica e social “embarcada” no turismo enquanto hub internacional centrado no caso do Pipadouro – Vintage Wine Travel representado por Gonçalo Correia dos Santos, CEO e um dos co-fundadores deste turismo fluvial de luxo. Uma oferta diferenciadora criada em 2007 e que, deste então, tem proporcionado múltiplas experiências ao longo do Rio Douro, também ao nível dos vinhos e da gastronomia.

Por sua vez, o Museu do Côa, plataforma de valorização de recursos endógenos, ao serviço da região, do País e do Mundo, é esmiuçada, a partir das 09h45, no âmbito da proximidade cultural, por Bruno J. Navarro. Natural de Coimbra, licenciou-se em História na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, onde também concluiu o mestrado em História Contemporânea. Foi docente e investigador na área e, em 2017, passou a desempenhar a função de Presidente da Fundação Côa Parque.

Proximidade gastronómica

Às 10h15 é chegada a hora de falar acerca da proximidade gastronómica com a dupla inseparável Óscar e António Gonçalves. Os dois irmãos bragançanos administram, desde 1 de Março de 2014, a Pousada de Bragança elevando, gradualmente, a cozinha do G Pousada e o produto transmontano ao mais alto patamar da gastronomia. Um desafio recentemente recompensado com a conquista de uma estrela Michelin da edição de 2019 do Guia Michelin de Espanha e Portugal.

Proximidade vínica

A proximidade vínica é o assunto em debate a partir das 11h15. O granito na transição com o xisto, brancos excepcionais, tintos clássicos, Portos diferentes é a temática a desenvolver com o engenheiro Bento Amaral. Licenciado em Engenharia Alimentar pela Escola Superior de Biotecnologia, é enólogo, professor e, desde 2013, Director dos Serviços Técnicos e de Certificação do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), para além de júri de vários concursos vínicos nacionais e internacionais, tendo sido condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique atribuída, a 10 de Junho de 2009.

O Embaixador Francisco Seixas da Costa é, para fechar, o Keynote Speaker deste colóquio. Nascido em 1948, é licenciado em Ciências Sociais e Políticas pela Universidade Técnica de Lisboa e diplomata, desde 1975. Foi secretário de Estados dos Assuntos Europeus, entre 1995 e 2001, ano em que foi embaixador português junto das Nações Unidas e, simultaneamente, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa e no Brasil, bem como junto da UNESCO. Recentemente acumula as funções de membro do Concelho Geral Independente da RTP e a de administrador da Mota-Engil SGPS, desde 2017 e 2018, respectivamente, entre outras.

FVDS: Mostra de vinhos e de produtos alimentares típicos da região

Com a organização da responsabilidade da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa e a produção da Grandes Escolhas, o FVDS é tido, hoje, como um dos grandes eventos vínicos do País. Um contributo decisivo para a afirmação da identidade do Douro Superior que, ano após ano, brinda-nos com vinhos do Porto, brancos e tintos de qualidade e características singulares, o que comprova a evolução da produção vínica nesta sub-região.

Para além de néctares com berço no Douro Superior, o FVDS é também uma mostra de produtos alimentares típicos da região, que abrange os concelhos de Vila Nova de Foz Côa, Carrazeda de Ansiães, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Mêda, São João da Pesqueira, Torre de Moncorvo e Vila Flor.

Falamos de azeite, queijos, enchidos, doces e compotas, mas também da amêndoa – rainha na região – e seus derivados. O ouro líquido será ainda alvo de uma Prova Comentada, sob a batuta do expert Francisco Pavão.

Concurso de Vinhos do Douro Superior

No âmbito do FVDS volta a realizar-se o relevante ‘Concurso de Vinhos do Douro Superior’, aberto a todos os que produzam vinhos nesta sub-região nas categorias Douro (branco e tinto) e vinhos generosos, que queiram participar e estejam presentes na feira.

A avaliação é efectuada por um painel de jurados bastante ecléctico, mas acima de tudo, bastante conhecedor e que junta jornalistas, bloggers especializados, representantes do comércio e outros líderes de opinião.

Uma das características mais salientada neste concurso é grande qualidade dos vinhos concorrentes já que, ao contrario do acontece na generalidade destas competições, aqui as grandes marcas e os vinhos mais prestigiados não deixam de marcar presença.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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