O autarca de Viana do Castelo defende que, num cenário de pós-Brexit, torna-se ainda mais urgente um reforço da cooperação entre as cidades e os portos do Atlântico, sendo, para isso, necessário que a Comissão Europeia, no âmbito do processo de revisão da RTE-T “Rede Transfronteiriça de Transportes” identifique o Corredor Atlântico Ferroviário que liga os portos portugueses aos portos do Norte de Espanha e portos franceses até à Normandia.
Este Corredor Atlântico tem como primeiro objectivo promover uma extensão real destas ligações ferroviárias a portos da Irlanda através dos portos da Bretanha e Normandia.
Ligações entre portos
O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, na qualidade de presidente das Cidades Atlânticas, falava como convidado pela Comissão Europeia a participar num seminário sobre as ligações entre portos e cidades na bacia atlântica, que decorreu em Dublin, na Irlanda.
José Maria Costa participou numa mesa redonda que foi dirigida pelo coordenador europeu do Corredor Atlântico e em que estiveram presentes os responsáveis europeus da estratégia marítima atlântica, responsáveis de portos do Norte da Europa, de Espanha, do Báltico e também da Associação da Autoridade de Energia Renovável da Irlanda.
Corredor Atlântico
O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo defendeu uma perspectiva europeia para o Corredor Atlântico em que se torna prioritário um planeamento e um tratamento político deste corredor por parte dos governos de Portugal e Espanha, garantindo-se, desta forma, que toda a fachada atlântica ibérica não ficará de fora das grandes conexões portuárias e ferroviárias do futuro da Europa.
A missão do Corredor Atlântico assenta, num primeiro plano, na rentabilização da infra-estrutura ferroviária existente, sem investimento adicional, através de uma gestão centralizada da atribuição de capacidade, da gestão de tráfego e do relacionamento com os clientes.
Complementarmente, o Corredor Atlântico assume-se também como plataforma privilegiada para a coordenação dos investimentos na infraestrutura ferroviária em Portugal, Espanha, França e Alemanha, no sentido de serem ultrapassadas barreiras técnicas e operacionais, promovendo a interoperabilidade e, consequentemente, fomentando uma maior competitividade do transporte ferroviário de mercadorias.
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