A Estação de Avisos Agrícolas de Entre Douro e Minho alerta para o míldio da vinha. E divulga várias recomendações na sua Circular nº 5, de 16 de Abril de 2019.
Quanto ao míldio da vinha (Plasmopara vitícola), aquela Estação de Avisos diz que a subida das temperaturas mínimas, a chuva caída nos últimos dias e o estado de desenvolvimento da vinha, são favoráveis às infecções primárias do míldio. No entanto, o risco mantém-se baixo.
“Deve aplicar um fungicida anti-míldio de acção preventiva sobretudo nas vinhas em que os pâmpanos já atingem 10 cm ou mais e têm 4 a 5 folhas. Se optar por esperar ainda uns dias, deve vigiar atentamente o aparecimento das primeiras manchas de míldio, aplicando então um produto de acção erradicante”, salienta a Circular.
Para combate ao míldio da videira no Modo de Produção Biológico, são autorizados produtos à base de cobre.
Oídio
Quanto ao oídio da vinha (Erysiphe necator), diz a Estação de Avisos que o estado fenológico (cachos visíveis), já presente em muitas vinhas, é de maior sensibilidade ao oídio. Junto com calda antimíldio, pode aplicar um fungicida anti-oídio, por exemplo enxofre.
Outra opção será a aplicação de um fungicida de acção simultânea anti-míldio e anti-oídio.
Para combate ao oídio da videira no Modo de Produção Biológico, são autorizados produtos à base de enxofre.
Podridão cinzenta
No que diz respeito à podridão cinzenta (Botrytis cinerea), em vinhas de castas mais sensíveis e que economicamente o justifiquem, é necessário ponderar fazer um tratamento contra a Botrytis na fase de cachos separados.
Nesta fase, a videira, nas condições da Região dos Vinhos Verdes, tem maior sensibilidade à podridão cinzenta.
Para combate à podridão cinzenta na videira no Modo de Produção Biológico, são autorizados produtos à base de hidrogenocarbonato de potássio (ARMICARB), Aureobasidium pullulans (BOTECTOR), Bacillus amyloliquefaciens (SERIFEL), Bacillus subtilis QST 713 (SERENADE MAX) e Pythium oligandrum (POLYVERSUM).
Podridão negra
Já na Podridão negra (Black out), diz a Estação de Avisos que, de momento, o risco é ainda reduzido. Não é necessário tratar. No entanto, poderá ser vantajoso aplicar um fungicida anti-míldio com acção contra o blackrot.
Geada
Quanto à geada, registaram-se algumas ocorrências localizadas de geadas, ao que apurámos, com estragos pouco significativos e recuperáveis.
Nas vinhas ou parcelas de vinha afectadas, recomenda-se:
- Se não houver perigo de novas geadas, uma passagem com uma grade de discos na entrelinha, a 5 ou 10 cm de fundo, pode ser benéfica, pois areja o solo à superfície e favorece a mineralização do azoto. A vinha é forçada a recorrer às suas reservas para produzir uma contra-rebentação.
- Para ajudar ao processo de recuperação das videiras, pode-se incorporar nesta mobilização superficial do solo um adubo azotado.
Manutenção do solo
Adianta a mesma Circular que nas vinhas em que optou pela mobilização do solo, não faça qualquer mobilização até ao final do período de floração.
Pode consultar a Circular completa aqui.
Agricultura e Mar Actual