A ADVID – Associação Desenvolvimento da Viticultura Duriense publicou, no âmbito do projecto Vinovert, o Manual prático sobre estratégias de controlo de infestantes, que sejam mais sustentáveis do ponto de vista ambiental e adaptadas à viticultura de encosta.
O documento aborda temas como os dos constrangimentos no controlo das infestantes em viticultura de encosta, dos métodos disponíveis para um controlo sustentável das infestantes e a problemática do glifosato.
Preocupação com pesticidas
Atendendo às crescentes preocupações da sociedade com os impactos associados à aplicação de pesticidas, e a que, a Região Demarcada do Douro (RDD), pelas particularidades associadas a uma viticultura de encosta, é uma das regiões onde se verifica um maior uso de herbicidas, a ADVID tem vindo a promover junto dos seus associados, uma estratégia de controlo de infestantes cada vez mais sustentável do ponto de vista ambiental.
Segundo o Manual, conscientes sobre a necessidade de se usarem alternativas à luta química, várias empresas do sector vitivinícola têm sido pioneiras na implementação de estratégias de diversificação da paisagem vitícola, através da promoção do enrelvamento na entrelinha, da instalação/preservação de sebes com espécies autóctones ou ainda da preservação de bosquetes, manutenção de vegetação ripícola ou matas nas bordaduras das parcelas, resultando numa redução significativa da utilização de herbicidas nas suas explorações.
O que são infestantes?
Refere ainda o Manual que em vinhas instaladas em patamares de uma linha o acesso ao talude permite o controlo mecânico da vegetação, reduzindo ou até mesmo evitando a aplicação de herbicidas, tendo sido simultaneamente utilizadas soluções mecânicas adaptadas para trabalhar em vinha de encosta.
Tendo em conta a abordagem seguida neste manual, importa, em primeiro lugar, clarificar o conceito de infestante, que é toda a planta que se desenvolve onde não é desejável, sob o ponto de vista do interesse do Homem.
Pode ainda considerar-se que estamos na presença de uma infestante, sempre que os prejuízos causados pela sua presença, em geral, devida à competição pela água, luz e nutrientes, forem superiores aos eventuais benefícios que exercem sobre a cultura.
Pode consultar o Manual completo aqui.
Agricultura e Mar Actual