AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
Um ano após a abertura da Horta Comunitária de Fundo de Vila, localizada na freguesia de Milheirós, na Maia, o balanço deste projecto da MaiAmbiente, em parceria com o Município da Maia e com a Lipor – Serviço Inter-municipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, “é muito positivo”.
Neste momento, os 46 talhões disponíveis estão atribuídos, e os utilizadores praticam agricultura em modo de produção biológica. De forma a responder a esta especificidade, todos os candidatos frequentaram formação de compostagem caseira e agricultura biológica antes de receberem o respectivo talhão.
“O ambiente que lá se vive é especial”, garante uma nota de imprensa da MaiAmbiente. Num passeio pelos trilhos da horta “vemos talhões bem tratados, onde a paixão e dedicação dos que lá laboram salta à vista. O que não é alheio ao facto da horta se situar muito próxima do núcleo urbano central da cidade”, acrescenta a mesma nota.
Nível de desistências muito baixo
O nível de desistências é muito baixo e rapidamente são ocupados por novos hortelões, pois a lista de espera não para de crescer. Cada talhão, individual e de terreno cultivável, possui um compostor que permite aliar a agricultura em modo biológico com a transformação dos resíduos verdes daí resultantes em composto, através de um processo de compostagem caseira.
O espaço dispõe ainda de uma zona de lazer, um local colectivo de armazenamento de pequenas alfaias agrícolas, pontos de água de utilização comum e um pomar.
Para além das questões ambientais e da sustentabilidade, as Hortas Comunitárias têm um papel social muito importante e a Horta Comunitária de Fundo de Vila não é excepção disso.
“Para uns, representa uma experiência nova e um contacto com a agricultura que nunca tiveram, para outros é um regresso às origens, à infância do campo que deu lugar à vida adulta na cidade. Proporcionam momentos de convívio e partilha, sendo para muitos uma verdadeira terapia. Fazem-se amizades e fomenta-se o espírito de entreajuda, criando-se aqui uma verdadeira dinâmica integradora dos 8 aos 80 anos”, salientam os responsáveis pela MaiAmbiente.
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