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Árvore Portuguesa do ano de 2019. Escolha aqui a sua preferida

Depois do Sobreiro Assobiador ter vencido a edição europeia de 2018 do Tree of the Year 2018, encontra-se a decorrer em Portugal a eleição da Árvore Portuguesa do ano. Uma iniciativa coordenada pela UNAC – União da Floresta Mediterrânica.

Portugal elege assim a árvore portuguesa que irá representar o País no concurso europeu da Tree of the Year.

A partir de hoje, e até dia 20 de Novembro, às 23h59, todos podem escolher a sua árvore preferida através de um sistema de votação on-line (aqui).

10 árvores em concurso

As dez árvores agora a concurso foram seleccionados, entre 29 candidaturas apresentadas, por um júri especialista constituído por Ana Luísa Soares, António Bagão Félix, Nuno Mendes Calado, Paulo Tenreiro e Rui Queirós.

No dia 21 de Novembro será conhecido o vencedor português que irá participar no concurso europeu em 2019 a decorrer durante o mês de Fevereiro.

Concurso Tree of the Year

O concurso Tree of the Year valoriza os critérios biológicos, estéticos, dimensionais e históricos ou culturais associados às árvores, realçando a ligação emocional que as pessoas e as comunidades mantêm com as árvores, bem como a sua importância para o património natural e cultural da Europa.

A UNAC — União da Floresta Mediterrânica foi o parceiro escolhido para organizar o concurso a nível nacional, tendo a iniciativa o apoio institucional do Ministério da Agricultura, Floresta e Desenvolvimento Rural.

 

As árvores: vote na sua preferida:

  • Aroeira “A Fazedora de Chuva”
  • Espécie: Aroeira (Pistacia Lentiscus L.)
  • Idade: 600 anos
  • Localidade: Valongo, AVIS, Alentejo

A história de uma Aroeira Monumental – A Grande Fazedora de Chuva

Durante anos, a aroeira foi palco de um culto “as papas de S. Saturnino”, que acontecia por altura das sementeiras. A população dirigia-se à capela para implorar ao padroeiro que chovesse, sendo este virado de costas. De seguida eram confeccionadas papas debaixo da aroeira situada junto à igreja.

Os condimentos eram dados por 7 Marias virgens. Comidas as papas era então altura de rezar para que as chuvas fizessem germinar as sementes. Por vezes mal acabavam de comer as papas, começava a chover.

 

  • Azinheira Secular do Monte do Barbeiro
  • Espécie: Azinheira (Quercus Rotundifolia Lam.)
  • Idade: 150 anos
  • Localidade: Alcaria Ruiba, Mértola, Alentejo

A Azinheira Secular do Monte Barbeiro

A melhor forma de perceber a sua grandiosidade é efectivamente pela sua sombra, ao sentarmo-nos debaixo da sua copa faz com que o calor abrasador do Alentejo nos pareça suportável e nos permita contemplar a vastidão da planície envolvente respirando a sua tranquilidade.

  • Carvalho de Calvos
  • Espécie: Carvalho Alvarinho ou Carvalho Roble (Quercus Robur L.)
  • Idade: 500 anos
  • Localidade: Bouça da Tojeira, Póvoa do Lanhoso

O Carvalho Escultural

Este carvalho multi-secular é o cerne de um parque e centro de interpretação construídos para o dar a conhecer. É classificado de interesse público desde 1997, e considerado o de maiores dimensões no país, com um diâmetro de copa de cerca de 60m.

Dado a idade e porte, apresenta problemas de estabilidade, o que levou à colocação de postes de apoio, que criam um ritmo de verticalidade contrastando com a árvore, constituindo uma ‘instalação escultural’ à escala da paisagem rural em que se insere.

 

  • Dragoeiro
  • Espécie: Dragoeiro (Dracaena Draco L.)
  • Idade: 400 anos
  • Localidade: Lisboa

O dragoeiro e Lineu

Em 1765 Lineu escreveu a Vandelli solicitando-lhe que lhe envie flores do dragoeiro do Horto Régio de Alcântara em Lisboa. Nesse mesmo ano escreve de novo a Vandelli dando-lhe conta de que “viu com suma admiração as flores do dragoeiro que este lhe enviara, e nunca tinha obtido antes”.

E em 1767 salienta a memorável Dracaena Vandellii, como nova espécie. Em 1768 Vandelli publica Dissertatio de Arbore Draconis, seu Dracaena. É muito provável que o taxon descrito seja o dragoeiro da Ajuda.

 

  • Nosso Sobreiro
  • Especie:: Sobreiro (Quercus Suber L.)
  • Idade: Mais de 300 anos
  • Localidade: Abela, Santiago do Cacém

O Sobreiro Especial do Monte do Giestal

Dizem os mais antigos que este sobreiro é especial! Porque dele nunca se conseguiu extrair cortiça. Encontra-se inserido no montado, mas à sua volta nenhum outro sobreiro sobreviveu e mesmo quando há cerca de 30 anos atrás se plantaram pinheiros também estes não vingaram.

Tentou-se por várias vezes tirar a sua cortiça mas sempre sem sucesso. Em 1950 noutra tentativa caiu um raio no ramo onde a cortiça estava a ser extraída e não permitiu tirar mais, a partir desse dia nunca mais se mexeu!

 

  • Oliveira do Mouchão
  • Espécie: Oliveira (Olea Europea L. Var. Europaea)
  • Idade: 3.350 anos
  • Localidade: Mouriscas, Abrantes

Da “oliveira velha” ao mouchão

Era aqui que os pescadores se juntavam, junto da “oliveira velha”, e daqui seguiam para os pesqueiros (estrutura à beira Tejo onde se pescava).

O primeiro a chegar ao Tejo apanhava a pesqueira do Mouchão, a melhor de todas, daí a sua designação como “Oliveira do Mouchão”.

Muitos outros mitos e lendas existem em torno desta Oliveira eterna, tão ligada à história de Abrantes e à sua relação milenar com o rio e com a indústria do Azeite.

 

  • Plátano do Rossio
  • Espécie: Plátano (Platanus Híbrida)
  • Idade: 180 anos
  • Localidade: Portalegre

A mais antiga árvore classificada de interesse público portuguesa

Plantada em 1838 pelo botânico Dr. José Maria Grande é a mais antiga árvore classificada de interesse público portuguesa, registada a 28/08/1938.

Do tronco com 5,26m (PAP), saem as pernadas que formam uma copa com 27m de diâmetro.

Sob a copa desde as naturais e amenas cavaqueiras, negócios, comícios políticos, encontros amorosos e primeira “sede” do Sport Clube Estrela, muitas são as histórias.

Chegou a ter o tronco serrado até meio mas o povo portalegrense revoltou-se e não permitiu o “crime”.

 

  • Quercus do ISA
  • Espécie: Carvalho-Cerquinho ou Carvalho-Português (Q. Faginea SSP. Broteroi X Q. Róbur)
  • Idade: 90 anos
  • Localidade: Lisboa

A paixão pelo Quercus nunca mais se esquece!

Desde o 1º dia que o páteo do ISA foi o coração da Escola: por aqui passava toda a gente e passavam todos os momentos importantes.

Em 1930 o Quercus, trazido das matas do Vimeiro pelo ilustre silvicultor Joaquim Vieira Natividade, havia de se transformar na paixão de gerações de Estudantes, Professores, Investigadores e Funcionários.

O Páteo passou a chamar-se “do Quercus”, à sua volta tudo se passou e se passará no futuro: o coração da Escola passou a bater dentro do Quercus, a paixão de todos!

 

  • Tuia-gigante
  • Espécie: Tuia (Thuja Plicata Donn EX D. Don)
  • Idade: 150 anos
  • Localidade: Sintra

O Gigante da Pena

A Tuia-gigante, plantada na época da criação do Parque da Pena por D. Fernando II, tem caminhado, ao longo dos últimos 150 anos, de modo imponente e silencioso em direcção ao lago que ladeia. Considerada, desde 1916, um dos exemplares notáveis da Pena, é, desde 1916, parceira obrigatória do percurso de várias gerações de engenheiros florestais.

Estimula a imaginação de todos os visitantes, contribuindo para a idealização do ambiente romântico formulado pelo Rei Artista quando criou este parque.

  • Zambujeiro Milenar
  • Espécie: Zambujeiro (Olea Europaea L. VAR. Sylvestris Brot.)
  • Idade: mais de 1.000 anos
  • Localidade: Foros de vale de Figueira, Montemo-o-Novo

O Zambujeiro Milenar

Na Herdade do Freixo, encontra-se um Zambujeiro único, com mais de 2.000 anos, anterior à ocupação romana da Península Ibérica.

Coexiste em simbiose com o bosque de sobreiros e azinheiras designado por Montado, que produz cortiça e as bolotas para alimentação dos porcos dos quais se obtém o presunto.

Dos zambujeiros extraía-se madeira para peças dos moinhos de água, como aqueles que há por perto; foi também dos zambujeiros que, por selecção natural, se originou a oliveira que produz o azeite.

E são estas as 10 árvores finalistas. Agora é só escolher e votar aqui.

A UNAC é uma união de Organizações de Produtores Florestais que representa os interesses dos produtores florestais do espaço mediterrânico português junto das instituições nacionais e europeias.

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3 comentários

  1. Escolho o Zambujeiro milenar

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