A DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária divulgou a “Ficha técnica para a produção, controlo e certificação de material de propagação de oliveira, Olea europaea L.” e o folheto “Certificação de Materiais de Propagação e Oliveira (Olea europaea L.)”, onde constam os procedimentos para a implementação da certificação de oliveira.
Esta medida surge no âmbito da publicação e divulgação já ocorrida do documento “Produção, Controlo, Certificação e Comercialização de Materiais Frutícolas – Guia explicativo do Decreto-Lei nº 82/2017, de 18 de Julho”, aqui.
Vantagens da certificação
Segundo a Ficha técnica para a produção, controlo e certificação de material de propagação de oliveira, as plantas produzidas num esquema de certificação obedecem a condições mais restritivas, o que lhes confere garantias acrescidas relativamente a:
- identidade varietal; obtenção de material comprovadamente são e mais vigoroso;
- redução do risco de introdução de pragas e doenças no local de produção;
- características técnicas dos materiais (incidência de defeitos muito baixa, nomeadamente, lesões, descoloração, feridas nos tecidos, dessecação, consolidação da soldadura e outros);
- e rastreabilidade do material em produção e em comercialização.
Processo de certificação
Acrescenta o documento que todo o material produzido num esquema de certificação tem uma genealogia conhecida e cumpre determinadas condições, consoante a categoria de certificação a que se propõe.
O esquema de certificação deve cumprir os seguintes requisitos:
- As variedades têm que estar inscritas no Registo Nacional de Variedades de Fruteiras (RNVF) ou na Lista Comum;
- Os fornecedores têm que estar registados na plataforma CERTIGES para a produção de materiais frutícolas;
- São admitidas as categorias pré-base, base e certificado;
- Os fornecedores têm que inscrever as plantas-mãe, campos e viveiros com material destinado a comercialização.
Pode consultar a Ficha completa aqui.
Folheto simplificado
Quanto ao o folheto “Certificação de Materiais de Propagação e Oliveira (Olea europaea L.)”, sintetiza toda a informação da ficha técnica.
Condições para a certificação:
Requisitos dos Produtores
- Instalações adequadas para a produção (Categoria Pré-base – Estufa; Categoria Base, e Certificado – Estufa, Estufim, Ar livre);
- Cumprimento das condições de produção, multiplicação, conservação, requisitos fitossanitários, requisitos do solo e defeitos, conforme a categoria de certificação;
- Realização de amostragem e análise de nemátodos do solo e substrato de plantas-mãe e material de viveiro, para as categorias Base e Certificado, antes da instalação. Para a categoria Pré-base só pode ser utilizado meio de cultura sem solo ou estéril;
- Pessoal com experiência na produção;
- Identificação correta de todas as parcelas;
- Avaliação do estado sanitário das plantas-mãe e materiais de viveiro, devendo estar livres de organismos nocivos e organismos de quarentena;
- Realização de observações visuais ao material e de amostragens com colheita oficial de amostras, sendo as análises realizadas em laboratório oficial ou reconhecido pela DGAV;
- Materiais praticamente isentos de defeitos;
- Possibilidade de realização de processos de depuração para que as plantas produzidas atendam aos requisitos de pureza varietal e estado sanitário, nunca excedendo uma falha de 5% de plantas depuradas;
- Existência de condições que garantam a separação dos materiais por variedade, lote e categoria, durante a produção, manu-seamento, acondicionamento e expedição;
- Registo dos pontos críticos do processo produtivo.
Pode descarregar o folheto completo aqui.
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