A cimeira de tecnologia e inovação Web Summit vai continuar a ser realizada em Lisboa por mais 10 anos. A autarquia de Lisboa, bem como do IAPMEI, o Turismo de Portugal e o AICEP, vai pagar 11 milhões de euros por ano a Paddy Cosgrave para que o evento se mantenha na capital. Se Paddy falhar: o acordo assinado entre o Governo português, a autarquia e Paddy Cosgrave, o CEO da Web Summit, tem uma cláusula que prevê o pagamento de uma indemnização a Portugal de 340 milhões de euros por ano — num total de 3,4 mil milhões em dez anos —, caso a organização decida deslocalizar a cimeira.
O anúncio foi feito no Altice Arena, em Lisboa, pelo primeiro-ministro, António Costa, pelo fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave, e pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.
Durante a sua intervenção, António Costa referiu que a organização pode contar com Portugal “para ajudar a Web Summit a continuar, porque quando crescem nós crescemos convosco”.
Para o primeiro-ministro, esta é uma cimeira “muito importante” e “inspiradora para as novas gerações” porque lhes dá confiança e “apresenta ao Mundo o Portugal que estamos a construir e o Portugal que nós queremos ser”, isto é, “um País de inovação que gere emprego” e com “melhores salários”.
Montra de “oportunidades para quem quer investir”
António Costa disse ainda que a cimeira constitui uma montra de “oportunidades para quem quer investir”, “empreender”, “melhorar o seu conhecimento” ou “pôr o seu conhecimento ao serviço do desenvolvimento do País” ou para quem tem “a legítima ambição de ter emprego”.
Paddy Cosgrave, por sua vez, afirmou que o primeiro-ministro e o presidente da Câmara de Lisboa têm sido “fundamentais” para o sucesso da iniciativa que, este ano, se realiza entre os dias 5 e 8 de Novembro.
“Foi a mais louca decisão que já tomei, mas foi uma decisão boa”, disse Paddy Cosgrave, acrescentando que as últimas duas edições em que a Web Summit decorreu em Lisboa foram “experiências incríveis” e que espera “um futuro brilhante”.
Sobre a escolha ter recaído em Portugal — e não em outros países que apresentaram candidatura, como a Espanha ou o Reino Unido – Fernando Medina afirmou que esta vitória tem “muitos significados” e que um dos objectivos é “fazer de Lisboa definitivamente uma capital da inovação, do empreendedorismo e do talento” bem como “permitir um grande incremento na vida económica”.
Da Irlanda para Lisboa
A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo Web Summit nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se, em 2016, para Lisboa.
No ano passado, reuniu, na capital, cerca de 60 mil pessoas de 170 países, das quais 1.200 oradores, duas mil startup’s, 1.400 investidores e 2.500 jornalistas. Permitiu um encaixe de mais de 30 milhões de euros de receita fiscal ao Estado.
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