A agricultura biológica pode ser um “produto de grande consumo”, isto se existirem políticas “bem orientadas”, nomeadamente na Política Agrícola Comum (PAC). Que o diz é o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas.
Aquele governante considera que “é possível transformar a agricultura biológica num produto de grande consumo com políticas bem orientadas para o sector” e defende, neste âmbito, “a criação de mecanismos diferenciadores no próximo Quadro Comunitário de Apoio da União Europeia”.
Miguel Freitas, que hoje, 15 de Fevereiro, termina uma visita à Biofach 2018, a maior feira mundial de produtos alimentares orgânicos, que se realiza entre 14 e 17 de Fevereiro de 2018, em Nuremberga, na Alemanha, referiu que “a agricultura biológica já ocupa um grande espaço dentro do sector agro-alimentar”, sublinhando que “é preciso que os agricultores percebam que hoje é possível produzir este tipo de agricultura a custos controlados, permitindo ao grande público aceder a estes produtos”.
Maior feira mundial de produtos biológicos
A Biofach, a maior feira mundial de produtos biológicos, contou com a participação de 2.950 expositores provenientes de 140 países.
Portugal esteve representado por cerca de duas dezenas de expositores, a maior parte dos quais liderados pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, no âmbito da candidatura do município à Rede Internacional de Bio Regiões.
Miguel Freitas notou que “Idanha está a desenvolver um conceito muito interessante das chamadas Bio Regiões e que passa pela criação de uma comunidade e de uma política municipal que apontem no sentido de implementar uma cultura diferente, que se relaciona, entre outros aspectos, com questões ambientais e questões de transição energética”.
“Há aqui uma dimensão que Portugal só consegue acompanhar se as empresas do sector hortofrutícola, do vinho, do azeite e dos cereais tiverem uma percepção exacta da capacidade que têm para se adaptarem a este novo mundo”, afirmou o secretário de Estado.
Agricultura e Mar Actual