O secretário Regional da Agricultura e Florestas, João Ponte, reuniu hoje, 14 de Dezembro, em Lisboa, com o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, para entregar o documento com os contributos dos Açores para a revisão da Política Agrícola Comum (PAC) pós 2020, onde é reivindicado um reforço orçamental.
“Este é um documento que resultou do trabalho conjunto do Governo Regional e de diferentes parceiros do sector. Destaco aqui o contributo muito importante da Federação Agrícola dos Açores, a quem irei entregar formalmente, na próxima semana, este documento”, afirmou João Ponte à margem do encontro com o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural.
O governante açoriano reiterou que os Açores defendem “uma PAC mais forte”, que corresponda aqueles que são os desafios da agricultura, em particular na Região Autónoma dos Açores e que o orçamento não seja reduzido por via de outras prioridades que emergem no seio da União Europeia, como a segurança, as migrações ou ainda por causa do Brexit.
Minimizar dificuldades
Para João Ponte “a PAC é fundamental para minimizar diversos constrangimentos e dificuldades que se verificam nos Açores em relação às restantes regiões europeias”, desde logo de natureza ambiental, climática, de dispersão geográfica e distância dos mercados, entre outras, que acarretam maiores custos de produção no arquipélago.
Por outro lado, o secretário Regional defendeu que a PAC também é importante para os Açores continuarem a desenvolver-se e a modernizar o sector agroflorestal, tendo em vista o aumento da competitividade das explorações e a sua sustentabilidade futura.
Reforço do POSEI
“É fundamental um reforço de verbas no POSEI para dar resposta aos aumentos de produção, verificados nos últimos anos, mas também para garantir novos regimes de ajuda e no fundo assegurarmos a competitividade do sector agro-alimentar”, considerou João Ponte.
Relativamente ao segundo pilar da PAC, a política de desenvolvimento rural, João Ponte disse que os Açores também defendem um reforço orçamental e a manutenção das actuais taxas de co-financiamento aplicadas às Regiões Ultraperiféricas.
“Este segundo pilar é extremamente importante para dar resposta à melhoria da competitividade do sector, aos investimentos que têm necessariamente que ser feitos na modernização do sector, nas instalações e infraestruturas públicas, para chamar mais jovens ao sector agrícola, para assegurar a rentabilidade das explorações e a manutenção da nossa agricultura”, frisou o governante açoriano, com a tutela da Agricultura.
Agricultura e Mar Actual