O Instituto Nacional de Estatística (INE) estima que a produção registe um acréscimo em valor, de 3,2%, face a 2016, em resultado de um aumento dos preços de base (+4,2%), uma vez que o volume registou um decréscimo (-1,0%). Esta evolução deve-se essencialmente ao aumento da produção de aves de capoeira, mais 4,9% que o verificado em 2016.
Segundo a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) do INE para 2017, as produções de suínos, aves, leite e ovos foram determinantes nesta evolução nominal positiva.
No que respeita aos bovinos, o Instituto prevê uma ligeira redução em volume (-0,6%), em consequência da diminuição dos abates. Os preços de base também diminuíram ligeiramente (-0,4%), em virtude do decréscimo do subsídio ao produto (-12,2%).
Suínos com preços em alta
A produção de suínos deverá registar um decréscimo do volume (-7,0%), com uma redução nos abates e efectivos animais. Após a redução do número de animais observada em 2016, só agora está a ocorrer a substituição gradual dos animais reprodutores, pelo que ainda não são notórios os efeitos desta recuperação na produção.
No entanto, o aumento dos preços (+13,5%), após uma redução de 3,4% em 2016, mais que compensou a diminuição do volume, resultando num acréscimo de 5,6% em termos nominais.
Relativamente às aves de capoeira, é expectável um aumento do volume (+4,9%) para o qual contribui o aumento da produção de frango, como consequência da maior produção dos aviários de multiplicação, confirmando o crescimento da actividade avícola neste segmento. Estima-se um acréscimo em valor de 3,7%, em virtude de um decréscimo do preço (-1,1%).
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