A Agrobio – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica continua a sua ‘luta’ contra o artigo da revista Visão do passado dia 29 de Junho e informa que fez “queixa à ASAE, solicitando uma investigação sobre o caso de contaminação das couves com glifosato de forma a ser apurado e responsabilizado o prevaricador”, aguardando resposta.
E não se ficou por aqui. Procedeu também a “uma investigação sobre a acreditação do laboratório Labiagro para analisar as substâncias em causa, concluindo que este laboratório não estava habilitado para fazer análises certificadas a algumas das substâncias encontradas como é o caso do glifosato”.
A associação reuniu-se também com diferentes actores do movimento da agricultura biológica e recolheu diferentes pontos de vista sobre a reportagem. A Agrobio queixa-se ainda que não conseguiu publicar o seu direito de resposta na Visão e que o artigo “foi altamente tendencioso, no sentido de denegrir um sector inteiro.
Biológica em crescimento
Segundo a Agrobio, em 2017, a agricultura biológica (AB) em Portugal está em franco crescimento baseado no interesse crescente do consumidor em ter acesso a produtos biológicos. “Como reflexo temos a aposta crescente da grande distribuição neste mercado, de que é exemplo a aquisição da única cadeia de supermercados biológicos (Brio) pelo grupo Sonae”. “O grande desafio actual é o aumento da oferta de produtos biológicos portugueses, este é um objectivo primordial para o desenvolvimento da AB em Portugal. Por outro lado, a informação e o reforço da confiança sobre o biológico é outra peça fundamental”, referem os responsáveis pela Agrobio.
A associação relembra que a Estratégia e o Plano de Acção Nacional para o Desenvolvimento da Agricultura Biológica foi aprovado no dia 7 de Junho de 2017 e publicado em Diário da Republica no dia 27 de Julho e que este documento “representa um compromisso fundamental entre o sector e o Governo para o incremento da AB em Portugal. Assim, não será de estranhar que em simultâneo haja quem veja neste sector uma ameaça ao status quo da agricultura portuguesa”.
Agricultura e Mar Actual