A Aicep – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal acaba de lançar mais um documento de análise, o “Austrália – Síntese Sectorial de Mercado de Vinhos”, no qual faz uma caracterização do mercado, com destaque para as questões relacionadas com a produção, distribuição e características dos consumidores, relações comerciais internacionais, países fornecedores, oportunidades e barreiras a ultrapassar e outra informação económica e regulamentar relevante.
“A dimensão do território australiano proporciona condições únicas e diversificadas de clima, solo e topografia para o desenvolvimento de 160 000 hectares de vinha e 130 variedades de vinho”, realça o documento.
Com uma produção anual próxima de 1,3 mil milhões de litros, o sector gera um volume de negócios de 5,1 mil milhões de dólares australianos. O país é o quarto maior exportador de vinho em volume e tem como principais clientes os Estados Unidos, a China e o Reino Unido.
Dizem os analistas da Aicep que o facto de se tratar de um país produtor “explica, em larga medida, o elevado interesse da população pelo vinho. Embora a maioria dos australianos prefira vinhos produzidos no país, a verdade é que também há espaço para vinhos internacionais. Estima-se que em 2017, a importação de vinhos represente 776,5 milhões de dólares australianos liderada, a larga distância, pela Nova Zelândia seguindo-se França, Itália e Espanha. Portugal foi, em 2016, o 10º fornecedor do mercado”.
Vinhos robustos e complexos
Aquela síntese adianta ainda que ser “difícil identificar as características de que os australianos mais apreciam num vinho. Com um país tão grande e diversificado, o gosto varia de acordo com as regiões do país, género e idade. Mas, genericamente, nos tintos, preferem vinhos robustos, complexos e com elevado índice de tanino. Nos brancos, o gosto parece dirigir-se para os vinhos mais secos, frutados, leves mais fáceis de beber. A preferência por vinhos com menor teor de álcool parece ser também dominante”.
A distância, a diferença horária, o risco cambial e a resistência à entrada de novos produtos são alguns dos obstáculos a que as empresas portuguesas têm de fazer face para entrar num mercado que oferece oportunidades pelo seu dinamismo, população crescente, e elevado poder de compra dos consumidores.
Pode consultar o documento aqui.
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