O director Regional dos Assuntos do Mar afirmou que, para “potenciar o valor do Mar dos Açores” e criar oportunidades de ‘desenvolvimento azul’, num quadro de sustentabilidade ambiental, é “fundamental” promover uma cidadania activa e informada.
Filipe Porteiro, que falava sexta-feira, 14 de Julho, na Lagoa, em São Miguel, num curso dirigido a jovens da diáspora açoriana, frisou que “é essencial transmitir aos jovens a importância estratégica, económica, cultural e ambiental do mar para os Açores”.
O director Regional frisou que as interacções sociais que estabelecemos, tendo o Mar dos Açores como pano de fundo, “impressionam quem quer saber mais sobre nós e sobre a nossa forma de nos afirmamos no contexto do país, da Europa e do Mundo”.
Na sua intervenção sobre o valor do mar nos Açores, afirmou que, no futuro, espera-se que a aquacultura, a exploração dos recursos genéticos marinhos, com aplicações biotecnológicas, e a exploração sustentável de recursos geológicos marinhos, “possam beneficiar as nossas populações e contribuir para o nosso desenvolvimento enquanto sociedade marítima e oceânica”.
O director Regional apontou as políticas estratégicas regionais, com investimentos internos e externos neste domínio e com os fundos europeus disponíveis, “como forma de alavancar a ‘economia azul’” no arquipélago.
Ordenamento do espaço marinho
Segundo Filipe Porteiro, o ordenamento do espaço marinho e dos seus usos, as políticas ambientais para a conservação e o desenvolvimento sustentável das actividades económicas marinhas, a promoção das ciências do mar, da ‘cidadania azul’ e da educação marinha, a valorização do património marítimo histórico e cultural, a resposta às alterações climáticas e aos impactos nos ambientes costeiros, assim como a valorização e requalificação das zonas ribeirinhas, “são exemplos de políticas regionais que visam o desenvolvimento com base no potencial do Mar dos Açores”.
Nesse sentido, apontou os eco-galardões com que os Açores têm sido distinguidos como “prova inequívoca do reconhecimento nacional e internacional da forma como nos relacionamos com o mar”.
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