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Incêndios queimaram 61.624 hectares de floresta num primeiro semestre de 2017

A base de dados nacional de incêndios florestais regista, entre 1 de Janeiro e 30 de Junho de 2017, um total de 6.641 ocorrências (1.662 incêndios florestais e 4.979 fogachos) que resultaram em 61.624 hectares de área ardida de espaços florestais, entre povoamentos (41.920 ha) e matos (19.704 ha).

O ano de 2017 apresenta, até ao dia 30 de Junho, o quinto valor mais elevado em número de ocorrências e o valor mais elevado de área ardida desde 2007. Até 30 de Junho de 2017 há registo de 439 reacendimentos, mais 32% do que a média anual do período 2007-2016.

Segundo o 2º relatório provisório publicado pelo ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, comparando os valores do ano de 2017 com o histórico dos últimos 10 anos destaca-se que se registaram mais 27% de ocorrências e quase seis vezes mais área ardida relativamente à média verificada no decénio 2007-2016.

Distritos afectados

Da análise por distrito, destacam-se com maior número de ocorrências, e por ordem decrescente, os distritos de Porto (1.324), Braga (870) e Viseu (704). Em qualquer um dos casos as ocorrências são maioritariamente fogachos, ou seja, ocorrências de reduzida dimensão que não ultrapassam 1 hectare de área ardida. No caso específico do distrito do Porto a percentagem de fogachos é de 88%.

O distrito mais afectado, no que concerne à área ardida, foi Leiria com 25.100 hectares, cerca de 41% da área total ardida até à data, seguido de Coimbra com 18.408 hectares (30% do total). O distrito de Leiria registou 3 incêndios com área ardida total superior ou igual a 100 hectares, que totalizaram 24.876 hectares de área ardida e que correspondem a aproximadamente 99% do total ardido no distrito. O incêndio que provocou maior área ardida no distrito de Leiria teve a sua origem na freguesia de Pedrógão Grande do concelho de Pedrógão Grande e consumiu 20.072 hectares de espaços florestais (80% do total ardido no distrito).

Revela o relatório que, da análise do índice de severidade diário (DSR), acumulado desde 1 de Janeiro, verifica-se que 2017 é o quarto ano mais severo desde 2003, com valores equivalentes a 2015. O período mais severo de 2017, registados até à data, ocorreu entre 16 e 24 de Junho. Esses nove dias de Junho são responsáveis por cerca de um quarto do DSR acumulado na totalidade dos 181 dias do ano (até 30 de Junho) e constituem a segunda pior série de nove dias seguidos (no primeiro semestre do ano) dos últimos 10 anos.

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