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Quercus diz que poluição no Rio Vizela não tem fim à vista

A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza denuncia mais um caso de “poluição continuada do meio hídrico”, que tem acontecido recorrentemente no Rio Vizela, em Fafe. Através de uma denúncia chegada à Associação, “foi possível confirmar o local exacto da descarga ilegal de efluentes domésticos e industriais, situado junto à ribeira de Calvelos, a 100 metros do local onde desagua o Rio Vizela”, dizem aqueles ambientalistas em comunicado. E exige uma investigação “célere e eficaz aos incidentes de poluição”.

Refere a Quercus que as descargas no rio Vizela “têm sido recorrentes e foram já registadas diversas denúncias, através da população ou associações de defesa do ambiente, mas nenhuma delas surtiu efeito até ao momento”. A Quercus considera “inaceitável que não sejam tomadas quaisquer medidas por parte dos organismos competentes sobre esta situação e junta-se à população para que se resolva o problema imediatamente”.

Esta situação, segundo várias entidades e o próprio Município de Vizela, é originada pelas indústrias da região, mas também devido ao mau funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Serzedo.

“A Quercus sabe que este problema já foi levado ao Plenário da Assembleia da República, mas embora todos tenham defendido a causa, a saúde do Rio Vizela não tem revelado sinais de melhoria, levando a população ao desespero por possíveis soluções”, adianta o mesmo comunicado.

A contaminação das linhas de água do Rio Vizela “é preocupante, tanto por colocar em causa a saúde pública, como também a qualidade ambiental das populações. Estamos perante uma falta de respeito aos direitos de qualidade ambiental das populações de Fafe e de todas as zonas ribeirinhas do Rio Vizela a jusante das descargas”, realça a Quercus.

Investigação célere e eficaz

A Quercus exige assim uma investigação “célere e eficaz aos incidentes de poluição” que se têm vindo a apurar no Rio Vizela para que se identifiquem os responsáveis e as causas. “É urgente e imprescindível o apuramento de responsabilidades e a criação de um Plano de Vigilância, Prevenção, Controlo e Mitigação, em articulação com os municípios e entidades envolvidas, para proceder à despoluição do Rio Vizela e à recuperação de toda a zona afectada”, pode ler-se no comunicado.

Deste modo, a Quercus apela ao Município de Fafe e à Agência Portuguesa do Ambiente que “ponham cobro imediatamente a esta situação e que cancelem as licenças de descarga em meio hídrico das empresas poluidoras bem como procedam à regulamentação da ETAR em causa”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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