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Federação diz que Governo não quer apoiar carne de porco

A Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS) diz ter informações de que o Ministério da Agricultura não pretende contemplar o sector da carne de porco através do novo pacote europeu de ajudas aos agricultores de 500 milhões de euros. Mas, ao mesmo tempo, em comunicado, refere que “quer crer o Ministério vai ter, como tem tido, a sensibilidade de ajudar o sector neste momento muito difícil”.

A Ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas, anunciou a decisão do Conselho de Ministros sobre o destino a dar ao envelope correspondente a Portugal dos 500 milhões de euros libertados pela Comissão Europeia, no qual não estão previstos apoios aos produtores suinícolas. A FPAS reagiu de imediato.

Na sequência da reunião de ministros da Agricultura Europeus do passado dia 7 de Setembro e da manifestação de agricultores realizada em simultâneo, em Bruxelas, na qual a FPAS se fez representar, no sentido de “exigir uma solução para que as consequências do embargo russo não se reflictam exclusivamente na produção primária e particularmente no sector da carne de porco”, a Comissão Europeia anunciou um pacote de medidas no valor de 500 milhões de euros a serem distribuídos pelos Estados-Membro, os quais, de forma autónoma os alocarão aos sectores produtivos mais afectados.

“Têm-nos entretanto chegado informações de que é intenção do Ministério da Agricultura de Portugal não contemplar o sector da carne de porco neste pacote de ajudas, o que nos deixa deveras apreensivos”, dizem os responsáveis pela FPAS.

“O sector da carne de porco tem sofrido severamente as consequências do embargo russo, como aliás relembrou a senhora ministra na Cerimónia Oficial de Abertura do VII Congresso Nacional de Suinicultura”, referindo que o sector da carne de porco é “uma das áreas onde mais exportávamos para a Rússia e estávamos a crescer a dois dígitos”, acrescenta a Federação.

A FPAS realça ainda que Assunção Cristas relembrou ainda as dificuldades internas pelas quais o sector tem passado, como as novas exigências relacionadas com os investimentos no âmbito do bem-estar animal, a relação com a grande distribuição que “faz da carne de porco o seu produto âncora favorito nas promoções e, acima de tudo, os preços pagos aos produtores, que se encontram, há vários meses, abaixo do custo de produção”.

Ainda assim, a FPAS termina o seu comunicado afirmando que “quer crer o Ministério vai ter, como tem tido, a sensibilidade de ajudar o sector neste momento muito difícil”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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