Os vencedores do Prémio Floresta e Sustentabilidade já são conhecidos: Abastena, Herdade da Sanguinheira de Codes, Associação para a Certificação Florestal do Minho-Lima e INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária. Uma sociedade, uma associação, um instituto público e uma entidade privada. O anúncio foi feito ontem, 24 de Março, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Houve ainda lugar para duas menções honrosas nas categorias de Boas Práticas de Silvicultura e Associativismo, respectivamente à Unimadeiras e à Associação de Produtores Florestais do Concelho de Coruche e Limítrofes.
O ministro da Agricultura, Floresta e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, esteve presente na cerimónia e explicou o processo em curso da Reforma da Floresta.
Capoulas Santos salientou que “foi a primeira vez que estiveram sentados à mesma mesa 8 ministros, e não representantes dos ministros, para ver com o que é que cada um deles poderia contribuir [para a mudança na floresta] para dar um pontapé de saída para uma situação que penso que era e é para todos nós, considerada inaceitável. Não é aceitável para nenhum português que o nosso País continue a ser o único Estado-membro da União Europeia que perde área florestal em cada ano. Perdemos 150 mil hectares em 10 anos”.
O ministro considera que “alguma coisa tem de ser feita. e o primeiro passo que entendemos dar foi para dar inicio àquilo que nos parecem os problemas centrais da nossa floresta e são eles, do nosso ponto de vista, a falta de uma gestão profissional, numa boa parte da nossa floresta, e a falta de um ordenamento florestal. Sem uma coisa e outra não é possível dar passos em frente”.
Capoulas Santos referiu que a “gestão profissional não existe sobretudo no minifúndio” e que muitas empresas e entidades não avançam mais na área cultivada porque “não é possível identificar o dono das propriedades” e porque “o risco de incêndio é extremamente elevado. Mas todos sabemos que continua a ser extremamente elevado se não houver gestão profissional da floresta. E portanto há que quebrar este ciclo vicioso”, o que o ministro pretende fazer com a criação do Banco de Terras.
A lista completa dos vencedores:
– Associativismo:
Vencedor: Abastena
Menção Honrosa: Associação de Produtores Florestais do Concelho de Coruche e Limítrofes
– Sustentabilidade Florestal:
Vencedor: Associação para a Certificação Florestal do Minho-Lima
– Projetos de I&D:
Vencedor: INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária
– Boas Práticas de Silvicultura:
Vencedor: Herdade da Sanguinheira de Codes
Menção Honrosa: Unimadeiras
Os vencedores foram escolhidos pelo júri do Prémio Floresta e Sustentabilidade – 17 personalidades de renome de diversas entidades relacionadas com a floresta, a agricultura, o ambiente e a economia – numa reunião no dia 20 de Janeiro de 2017, tendo como base uma análise estatística elaborada pela consultora PwC às 75 candidaturas.
Entre os números apresentados pela PwC, será de destacar o facto da região Centro ter dominado nas candidaturas.
Carlos Amaral Vieira, membro do júri e director geral da CELPA – Associação da Indústria Papeleira, promotora do Prémio Floresta e Sustentabilidade, destacou a “qualidade das candidaturas”.
O Prémio Floresta e Sustentabilidade é um prémio aberto a todas as fileiras e espécies florestais. É bienal, regressando agora em 2018.
Promovido pela CELPA – Associação da Indústria Papeleira, o Prémio Floresta e Sustentabilidade teve como parceiros o Correio da Manhã e o Jornal de Negócios, o apoio técnico da PwC e o patrocínio do Ministério da Agricultura.
Agricultura e Mar Actual