A Póvoa de Varzim poderá deixar de emitir licenças a circos que incluam animais selvagens nos seus espectáculos. A recomendação foi levada à Assembleia Municipal e aprovada pelos deputados. O assunto será, agora, analisado pelo executivo municipal, órgão responsável pela alteração deste regulamento. O presidente da Câmara Municipal, o social-democrata Aires Pereira, tornou clara a sua posição: “está a verificar-se uma mudança de comportamentos no que se concerne a defesa dos direitos dos animais e eu estou de acordo com ela. É uma tendência em todo o mundo e que em Portugal também já se está a manifestar”.
A iniciativa partiu da bancada do Partido Socialista (PS), o maior partido da oposição na Póvoa de Varzim, e foi aprovada, na sessão de quinta-feira à noite, 22 de Setembro, com 15 votos a favor e 12 contra, num sufrágio onde não houve disciplina de voto partidária.
A recomendação, que agora será analisada pelo executivo municipal, onde o PSD tem a maioria, aponta para que a autarquia “promova a alteração aos seus regulamentos de modo a que não se emitam mais licenças para circos com animais selvagens”.
João Trocado da Costa, líder da bancada do PS, considerou que a aprovação desta recomendação representa “mais um passo no avanço civilizacional”.
Quanto às espécies em causa, o PS baseou-se numa legislação já existente desde 2009 que determina o conceito de animais selvagens, dando como exemplo espectáculos com leões, macacos ou cobras, e lembrando que outros municípios como Évora, Funchal e Matosinhos já tomaram decisões semelhantes.
Já este ano, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim decidiu deixar de ceder gratuitamente a sua Praça de Touros para realização de espectáculos tauromáquicos.
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