A maioria dos produtos alimentares que já apresentam um sistema de rotulagem nutricional simplificada utiliza o Nutri-Score (40%). E nas marcas, o Nutri-Score é também o sistema mais utilizado (58%), segundo os dados do Relatório Anual do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direcção-Geral da Saúde (DGS).
Relembre-se que o Nutri-Score, rótulo que classifica os produtos alimentares mais e menos saudáveis, conferindo-lhes uma letra com um código, do verde escuro (A) ao vermelho escuro (E), gera polémica entre os agricultores europeus desde o seu anúncio. Um sistema que sempre foi recusado pela anterior ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes. Mas que, em fim de legislatura, foi institucionalizado pela secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Fernandes Tavares, do Governo de António Costa.
Segundo o Relatório Anual do PNPAS, a utilização de modelos de rotulagem nutricional simplificados “é considerada como uma das melhores opções para promover escolhas alimentares saudáveis e, consequentemente, para a prevenção e o controlo das doenças crónicas na população”.
Neste âmbito, o PNPAS realizou uma avaliação dos modelos de rotulagem nutricional simplificados presentes nos produtos alimentares disponíveis no mercado português, recolhidos no âmbito do Work Package 5 da EU Joint Action Best-ReMaP.
Num total de 2.743 produtos alimentares cuja informação nutricional foi recolhida, cerca de 25% (n=699) apresentavam algum modelo de rotulagem nutricional simplificada. Verificou-se a existência de uma maior proporção de produtos alimentares que utilizem um modelo de rotulagem nutricional simplificada nas categorias dos cereais de pequeno-almoço, produtos de padaria e produtos lácteos frescos e sobremesas (41%, 39% e 36% de produtos alimentares, respectivamente).
Em relação aos modelos de rotulagem nutricional simplificada utilizados nos produtos alimentares disponíveis no mercado português, verificou-se uma maior utilização do Nutri-Score nos produtos lácteos frescos e sobremesas, refrigerantes e cereais de pequeno-almoço e uma maior utilização da Rótulo de Doses de Referência nas categorias alimentares de charcutaria e similares e de produtos de padaria.
Pode ler o Relatório Anual do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável aqui.
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