Início / Agricultura / Consultoras rejeitam acusações do IFAP de má-fé e de falta de transparência

Consultoras rejeitam acusações do IFAP de má-fé e de falta de transparência

A polémica está instalada. As empresas de consultadoria rejeitam as acusações de má-fé e falta de transparência na submissão das candidaturas aos apoios comunitários agrícolas. E uniram-se numa tomada de posição conjunta.

O IFAP – Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas e as Direcções Regionais de Agricultura e Pescas têm estado realizar diversas acções de formação subordinadas ao tema “Recolha e submissão dos pedidos de pagamento das medidas de investimento do FEADER e FEAMP”, especialmente dirigidas aos beneficiários que submetam directamente os seus pedidos de pagamento e aos consultores que actuam nas diversas regiões.

Durante essas acções de formação, os organismos do Ministério envolvidos têm “deixado explícitas diversas acusações de desonestidade e de má-fé aos beneficiários e consultores envolvidos nas candidaturas aos fundos comunitários e nos respectivos pedidos de pagamento”, referem os responsáveis pela Agroges (Francisco Gomes da Silva), Consulai (Pedro Santos), Espaço Visual (José Martino) e TerraProjectos (João Pereira).

Os signatários desta posição conjunta, a título exemplificativo transcrevem, ipsis verbis, o conteúdo de um dos slides apresentados: “Um beneficiário que executou o seu projecto de forma transparente não tem receio das perguntas que lhe fazem e não contesta os elementos adicionais que lhe possam ser pedidos. Ao invés, quem reclama não se sente à vontade com as perguntas e muitas das vezes não colabora. Não dando os seus contributos ao esclarecimento das questões, a sua posição ainda suscita mais dúvidas ao técnico analista quanto a uma possível boa-fé. A não existência de boa-fé e de transparência conduz à morosidade no pagamento do apoio, o que ninguém deseja, em particular o IFAP” (fim de citação).

Consultoras “repudiam veementemente o teor das acusações”

Os signatários, em representação de empresas de consultoria com actividade reconhecida nestas áreas, “repudiam veementemente o teor das acusações que têm vindo a ser expressas nestas sessões, na defesa do seu bom nome e do bom nome dos beneficiários seus parceiros”.

O direito à reclamação não pode ser confundido com má-fé e falta de transparência, dizem os responsáveis pelas empresas.

E acrescentam que os organismos da Administração Pública, concretamente o IFAP, “não existem para se justificar e defender a si mesmos, mas sim para servir os cidadãos e, neste caso, os beneficiários dos apoios em causa, prestando os esclarecimentos que lhes sejam solicitados e respondendo às reclamações que lhes sejam endereçadas”.

As consultoras e os beneficiários por elas representados, “dispensam posturas paternalistas e exigem aos organismos em questão o respeito pela sua idoneidade e capacidade crítica. Não aceitamos o libelo acusatório de que ‘quem reclama suscita dúvidas quanto a uma possível boa-fé'”, frisam os signatários da posição conjunta.

PDR 2020

O IFAP e os restantes organismos da Administração envolvidos nos processos de avaliação, pagamento e controle de projectos de investimento ao abrigo do PDR 2020 e de outros instrumentos financeiros, “não fazem nenhum favor aos beneficiários quando desempenham o seu trabalho”, dizem aqueles consultores.

“Os beneficiários, quando recebem, porque a isso têm direito, um determinado incentivo financeiro ao investimento, não estão a ser alvo de nenhum favor por parte desses organismos. Ao contrário, correndo os riscos inerentes à sua actividade económica, ajudam o País criando riqueza e emprego, e justificam a existência desses organismos”, acrescentam os mesmos responsáveis.

A posição conjunta dos consultores termina com uma sugestão: que o IFAP promova “um processo de acreditação dos consultores, de forma a minimizar eventuais erros ou lacunas a eles imputáveis, e que sempre surgem neste tipo de procedimentos. As consultoras signatárias desta posição conjunta estão, desde já, disponíveis para trabalhar neste processo com o IFAP”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

Verifique também

Francisco Morales substitui Javier Bernabéu na gerência da Sakata Seed Iberica

Partilhar              Javier Bernabéu, com mais de 40 anos de experiência profissional em melhoramento vegetal, sendo 30 …

Um comentário

  1. Há projectos submetidos em 2017 que já tiveram decisão favorável e ainda não foram aprovados por por falta de dotação orçamental ( vergonha não têm consideração nem respeito pelos jovens agricultores ) abrem novos concursos sem terem resolvido os anteriores se não há dinheiro para os projectos que transitaram para a operação 3.1.2. para que é que abrem novos concursos andam a brincar só sabem mentir.
    Que tenham vergonha na cara 2 anos ou mais para aprovarem um projecto tamanha lentidão nunca vi ( INCOMPETENTES)

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.