Os portugueses, de segunda a sexta-feira, gastam, em média, 8h11m para se deslocarem, , ou seja, menos 1h24 do que a média dos europeus (que gastam 9h35). A seguir aos franceses (7h12) e aos belgas (7h58), são os que gastam menos tempo em deslocações. Foram os valores a que chegou o estudo da Ipsos/The Boston Consulting Group.
Aquelas entidades realizaram, em conjunto, um extenso estudo sobre as infra-estruturas de transportes na Europa, tendo recolhido a opinião de cidadãos de dez países da União Europeia, incluindo Portugal.
Quanto tempo gastam os portugueses para se deslocarem, durante a semana? Quais são os meios de transporte que utilizam com maior frequência? Como avaliam, actualmente, as condições de transporte e as infra-estruturas a que têm acesso? Quais são as medidas que contribuiriam para melhorar a sua mobilidade no dia-a-dia? Como vão evoluir as necessidades de mobilidade nos próximos 15 anos? E, partindo destas perguntas, como se situam em relação aos outros países europeus?
Para responder a estas perguntas, a Ipsos e a BCG publicam hoje, 26 de Abril, os resultados de um inquérito realizado junto de mais de 10.000 cidadãos europeus, incluindo 1.001 participantes de Portugal.
Algumas mensagens-chave do inquérito mostram que de segunda a sexta-feira, os portugueses gastam 8h11 em deslocações, independentemente do meio de transporte utilizado (menos do que a média europeia, de 9h35), e que o carro é o principal meio de transporte em Portugal, tal como noutros países, nas deslocações obrigatórias do dia-a-dia: os portugueses são os que mais o utilizam para irem trabalhar (72% contra 61% de média europeia).
O estudo revela ainda que uma parte importante da população portuguesa está insatisfeita com a fluidez do tráfego nas horas de ponta (45% contra 58% de média europeia) e 42% dos portugueses com emprego pensa que teria de se mudar se perdesse o emprego (contra 36% de média europeia), Os portugueses são os que mais consideram que os investimentos públicos em soluções de transporte intermodal são, actualmente, insuficientes (66% contra 61% de média europeia) e são os que mais dizem que estariam dispostos a utilizar menos os seus carros se os investimentos necessários fossem realizados (77% contra 66% de média europeia).
O inquérito chegou também à conclusão que 88% dos portugueses considera que as inovações futuras na área da mobilidade vão ter consequências positivas no seu dia-a-dia (contra 77% de média europeia).
Pode consultar o estudo completo aqui.
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