A produção de vinho na Beira Interior deve registar este ano um decréscimo face a 2015, mas a qualidade está salvaguardada, anunciou a Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), com sede na Guarda.
“Estamos a prever uma quebra de 15%, mais ou menos, relativamente ao ano anterior, mas em termos de qualidade penso que estará salvaguardada”, disse esta terça-feira à Lusa o técnico da CVRBI Rodolfo Queirós, segundo cita o site da Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal.
Segundo o responsável, em 2015 a produção de vinho tinto, equivalente a 65% da produção global e branco, que corresponde a 35%, foi de 22,5 milhões de litros e, este ano, as previsões apontam para menos cerca de três milhões. “Temos uma produção que em termos de necessidades de vinhos certificados satisfaz-nos mais do que suficiente. Em termos de qualidade, portanto, não direi que será um ano excepcional, mas é um ano bastante bom”, disse.
Rodolfo Queirós referiu que as vindimas estão a decorrer e o estado do tempo “tem ido de feição”, o que garante qualidade aos vinhos produzidos na Beira Interior.
Pouca chuva e míldio
O técnico da CVRBI justificou a esperada quebra na produção de vinho “essencialmente porque foi um ano irregular” em termos de chuva, “houve alguma chuva na altura da floração” e também devido ao aparecimento da doença do míldio, que está associada a climas húmidos.
A CVRBI abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, nos distritos de Guarda e de Castelo Branco, onde existem 54 produtores de vinho, sendo cinco adegas cooperativas e 49 produtores particulares.
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