As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 31 de Julho, apontam para a diminuição da produtividade nos frutos frescos e na vinha. O decréscimo dos rendimentos unitários, face à última campanha, resulta da conjugação duma série de situações adversas, nomeadamente abrolhamentos heterogéneos, floração irregular e fenómenos meteorológicos extremos como granizo ou temperaturas muito elevadas.
Neste contexto, os técnicos do INE prevêem reduções de 35% na pêra (que será das menos produtivas campanhas das últimas duas décadas), 30% no pêssego, 20% na maçã e 5% na uva para a produção de vinho.
Na amêndoa, é esperada uma diminuição da produtividade da ordem dos 5%, sobretudo em resultado das condições meteorológicas por altura da floração/vingamento em Trás-os-Montes.
Culturas de Primavera
Nas culturas de Primavera, o INE prevê a manutenção da área semeada de milho para grão, num período em que os preços desta commodity nos mercados internacionais se encontram relativamente estabilizados.
A colheita do tomate começou no final de Julho, prevendo-se uma produtividade 10% inferior à alcançada em 2019. O arroz também deverá diminuir a produtividade (-5%), com problemas de controlo de infestantes e, pontualmente, escassez de água. Quanto à batata de regadio, prevê-se um rendimento unitário semelhante ao alcançado na campanha passada.
Quanto aos cereais de Outono/Inverno, cuja colheita ainda decorre em algumas regiões, a produção deverá ficar abaixo das 200 mil toneladas pelo segundo ano consecutivo (-5% que em 2019).
Agricultura e Mar Actual