O preço médio do pescado descarregado — variável não resultante das capturas nominais mas sim da valorização das quantidades descarregadas vendidas em lota —, em Março de 2021 foi de 3,67 euros/kg, em termos homólogos ou seja, um aumento de 16,7% (+7,1% em Fevereiro).
Segundo o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Maio de 2021 do Instituto Nacional de Estatística (INE), o acréscimo desta variável é justificado em grande parte pelo peso que espécies mais valorizadas assumiram no total das capturas do mês em análise, em particular crustáceos e moluscos.
O preço médio dos peixes marinhos (3,05 euros/kg) teve um acréscimo de 21,7%, que ficou a dever-se essencialmente a uma maior captura de peixes mais caros, bem como à subida do preço de espécies como a cavala, que quase triplicou o seu valor em relação ao mês homólogo, os atuns e o peixe-espada.
O preço médio dos crustáceos (10,42 euros/kg) aumentou 14,2%, situação para a qual contribuiu o preço superior registado nos camarões, lagostas e lagostim. O preço dos moluscos foi 4,84 euros/kg, o que representou um decréscimo de 0,7%, devido sobretudo à descida registada em espécies como o choco, o mexilhão e as amêijoas.
Capturas de pescado aumentam 55%
O volume de capturas de pescado em Portugal, em Março de 2021, aumentou 55,0% (-26,3% em Fevereiro), justificado pela maior captura de peixes marinhos (sobretudo carapau, atuns e peixe-espada), mas também de moluscos e crustáceos.
Às 7.348 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 27.804 mil euros, valor que representou igualmente um acréscimo de 79,4% (-22,0% em Fevereiro). Este aumento significativo das capturas em Março de 2021, para níveis semelhantes aos de 2019, fica em parte a dever-se a alguma retoma da actividade da pesca relativamente ao mês homólogo de 2020, que coincidiu com o início do primeiro estado de emergência da pandemia da Covid-19, com as consequentes paragens de actividade da frota pesqueira que ocorreram nesse período.
Agricultura e Mar Actual