A DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária acaba de divulgar a circular nº36/2016 relativa à ocorrência de Tecia solanivora em Espanha.
Aquela Direcção pretende “alertar os profissionais para o risco de introdução desta praga, solicitando-se comunicação imediata de qualquer caso suspeito aos serviços oficiais”.
Esta praga, que ataca exclusivamente a cultura da batata, causa graves estragos nos tubérculos, muito semelhantes aos orifícios e galerias da traça da batata mas de maiores dimensões.
Em finais de 2015 foi confirmada a presença de Tecia solanivora (Scrobipalposis solanivora) no topo Norte da região da Galiza. Mais recentemente, foi igualmente detectada na região das Astúrias. Trata-se de um lepidóptero listado como organismo de quarentena na legislação fitossanitária nacional e comunitária. A sua presença na Europa era até então conhecida apenas nas Canárias, território não abrangido pelo regime fitossanitário da União Europeia, refere a circular da DGAV.
Face ao risco do seu estabelecimento no território português, e à importância de actuação numa fase precoce da sua introdução, foi estabelecido, no início de 2016, um programa de prospecção daquela Direcção que abrange observações nos campos de batata, armazéns de acondicionamento e centrais de embalamento, para despiste da presença de tubérculos com sintomas suspeitos, com especial incidência nos originários de Espanha e em particular das regiões contaminadas.
“Este trabalho de prospecção e vigilância deve contar com a colaboração dos operadores de forma a se garantir a maior abrangência possível. Assim, solicita-se a todos os produtores de batata, armazenistas e centrais de embalamento para estarem alerta para a eventual presença deste organismo. Em caso de suspeita, esta deve ser confirmada com colheita de insectos ou de tubérculos contaminados para identificação laboratorial, pelo que devem contactar, de imediato, os serviços da Direcção Regional de Agricultura e Pescas da região”, pode ler-se na circular.
Agricultura e Mar Actual