O ministro do Ambiente e da Acção Climática, da República Portuguesa, e o ministro dos Assuntos Económicos e da Política Climática, dos Países Baixos, assinaram, hoje, 23 de Setembro, um Memorando de Entendimento para afirmar a sua intenção de ligar os planos de hidrogénio de Portugal e dos Países Baixos para 2030. O memorando prevê o desenvolvimento de uma cadeia de valor estratégica de exportação-importação, garantindo a produção e o transporte de hidrogénio verde de Portugal para os Países Baixos e o seu hinterland, através dos portos de Sines e de Roterdão.
“Portugal e os Países Baixos reforçam, assim, a cooperação bilateral no domínio da energia. Os dois países comprometem-se em dar mais um passo na sua ambição de contribuir para o desenvolvimento do hidrogénio verde na Europa, isto é, de hidrogénio obtido a partir de fontes renováveis”, diz uma nota de imprensa do Gabinete do Ministro do Ambiente e Acção Climática, Matos Fernandes.
Esta cooperação reforçada visa contribuir para os objectivos climáticos da UE, “combinando competitividade e sustentabilidade com um forte compromisso político na criação de um verdadeiro mercado internacional do hidrogénio, com regras de mercado que tornem a exportação de hidrogénio uma realidade”, acrescenta a mesma nota.
Hidrogénio e a descarbonização
Segundo o Gabinete do Ministro do Ambiente e Acção Climática, Portugal e os Países Baixos “reconhecem a importância crescente que os gases renováveis, em particular o hidrogénio verde, irão desempenhar na descarbonização da Europa”.
Por conseguinte, ambos os países promoverão e incentivarão a cooperação institucional, para ajudar a desenvolver cadeias de abastecimento para a exportação de hidrogénio verde. Um primeiro passo será dado unindo esforços para um Important Project of Common European Interest (IPCEI) para o hidrogénio, para o qual os projectos relativos à exportação de hidrogénio verde têm um sério potencial, o que inclui a colaboração relacionada com o projecto âncora de Sines e as actividades no Porto de Roterdão.
Esta parceria com os Países Baixos reforça os compromissos existentes na Estratégia Nacional do Hidrogénio e a “vontade de promover uma política industrial baseada em políticas e estratégias públicas que possam ajudar a mobilizar e orientar o investimento público e privado em projectos de hidrogénio, criando assim oportunidades para as empresas e para a indústria”.
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