O Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Julho de 2020, do Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que, tal como no milho, também não foi sem interrupções que se concluiu a sementeira do arroz. As obras em aproveitamento hidroagrícola condicionaram a área semeada de arroz.
No Baixo Mondego, os campos ficaram semeados em final de Maio, apesar das dificuldades de acesso das máquinas aos canteiros, em resultado da precipitação de final de Abril/princípio de Maio. Já no Ribatejo, cerca de 50% da área de canteiros só foi semeada durante o mês de Junho e no Alentejo, devido às obras de reabilitação do aproveitamento hidroagrícola do Vale do Sado, não foi possível semear cerca de três mil hectares de canteiros.
“Esse impedimento originou, globalmente, uma diminuição de 10% da área instalada, face à campanha anterior, que se fixará nos 26 mil hectares”, dizem os técnicos do Instituto Nacional de Estatística.
Colheitas de cereais de Inverno
Já as primeiras colheitas dos cereais de Inverno apontam para produtividades semelhantes às da campanha anterior.
Diz o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Julho de 2020 que, apesar das condições meteorológicas na fase do enchimento do grão (temperaturas elevadas e precipitação pontual) terem sido favoráveis para o desenvolvimento vegetativo dos cereais de Inverno, as colheitas já efectuadas têm revelado grande variabilidade nas produções obtidas”.
As searas de aveia, já totalmente colhidas, apresentaram produtividades baixas, em especial as realizadas no cedo. As primeiras debulhas dos restantes cereais de inverno (excepto centeio) têm confirmado que, em geral, a produtividade média não deverá ultrapassar a da campanha anterior.
“Assim, prevê-se a manutenção do rendimento unitário no trigo e triticale e uma diminuição na cevada e aveia (-5%). Quanto ao centeio, mais rústico (mas menos produtivo), estima-se um aumento de 5% na produtividade, face a 2019”, refere o Instituto Nacional de Estatística.
Agricultura e Mar Actual