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Novo Banco, antes de ser vendido, chega aos lucros no terceiro trimestre de 2016

O Novo Banco registou pela primeira vez um resultado líquido trimestral marginalmente positivo no montante de 3,7 milhões de euros. O banco “optou por antecipar boa parte dos objectivos do ano fixados pelo Plano de Reestruturação já anunciado”. Até ao final do ano o banco vai ficar com 540 balcões.

“Este resultado evidencia uma clara melhoria face aos trimestres anteriores. Recorde-se que o Novo Banco teve em média desde a sua origem, em 2014, resultados trimestrais negativos superiores a 250 milhões de euros e no primeiro trimestre do ano apresentou -249,4 milhões e no segundo trimestre -113,3 milhões”, afirma um comunicado da instituição.

Este resultado é ainda influenciado negativamente pelo elevado nível de provisionamento e positivamente pela função fiscal. “Na actividade corrente os resultados beneficiam da melhoria do produto bancário e da fortíssima redução de custos operacionais”, acrescenta a mesma fonte.

Ainda negativo em termos acumulados

Desta forma, o resultado líquido acumulado nos primeiros nove meses de 2016 foi atenuado mas mantém-se negativo em 359,0 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 14,3% em relação aos 418,7 milhões negativos registados no mesmo período do ano passado.

O resultado operacional entre Janeiro e Setembro foi positivo em 217,7 milhões de euros, um crescimento face aos 26,4 milhões no período homólogo de 2015.

No final de Setembro, o produto bancário acumulado situou-se em 667,7 milhões de euros, representando um aumento de 7,5%, para o qual contribuiu um crescimento de 29,2% na margem financeira.

Segundo o mesmo comunicado do Novo banco, em linha com a “prossecução do processo de desalavancagem do balanço, especialmente na carteira internacional, o crédito a clientes registou, nos primeiros nove meses do ano, uma redução de 3,1 mil milhões de euros”.

Mais depósitos

Os recursos de clientes retomaram, no trimestre um processo de estabilização. Ainda assim os depósitos totais que ascenderam a 24,7 mil milhões, representam menos 2,7 mil milhões face a Dezembro de 2015. No entanto, os depósitos de clientes no segmento de retalho registaram uma evolução muito positiva com um crescimento superior a 800 milhões de euros, resultado que “ilustra um claro sinal de consolidação da confiança dos clientes no Novo Banco”, realça a mesma fonte.

Mais imparidades, menos custos

O montante afecto a provisões, no valor de 762,6 milhões de euros representa um acréscimo de 298,3 milhões face ao período homólogo de 2015, dando continuidade ao esforço de consolidação do Novo Banco. As imparidades incluem 425,8 milhões de euros para crédito, 113,7 milhões para títulos e 110,6 milhões para custos de reestruturação.

Os custos operacionais situaram-se em 449,9 milhões de eruos, evidenciando uma redução de 24,3% face ao período homólogo do ano anterior.

O banco “optou por antecipar boa parte dos objectivos do ano fixados pelo Plano de Reestruturação já anunciado. Assim a redução prevista de pessoal foi atingida em Setembro (menos 1.062 colaboradores contra o objectivo de menos 1.000); a redução de custos operacionais também já está garantida (menos 145 milhões de euros até Setembro contra um objectivo de menos 150 milhões para final do ano); e o número de balcões após os últimos encerramentos previstos, situar-se-ão em 540, contra 550 previstos no plano)”, refere a mesma nota.

O rácio de capital regulamentar Common Equity Tier 1 (CET1) estimado para 30 de Setembro de 2016 fixou-se em 12,3% o que representa uma melhoria de 30bp face a Junho de 2016.

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