Dois biólogos marinhos dizem ter estabelecido um novo record para o mergulho em profundidade com mergulhadores humanos, num projecto que pretende descobrir como são diferentes as comunidades de peixes de recife neste ambiente e como se relacionam com os ecossistemas mais próximos da superfície. A 136 metros de profundidade, ao largo da costa de Pohnpei, na Micronésia, os cientistas afirmam ter encontrado “muitas espécies previamente desconhecidas para a ciência”.
Luiz Rocha, da Faculdade de Ciências da Universidade de São Francisco (EUA) e Hudson Pinheiro da Universidade de Santa Cruz (EUA) já tinham estabelecido o record anterior, num mergulho de 130 metros de profundidade, de acordo com a revista New Scientist.
Muitas das espécies que viram só podem ser observadas a estas profundidades, mas as missões científicas têm os seus riscos. Abaixo dos 70 metros, as altas pressões podem levar a que demasiado do oxigénio que os mergulhadores respiram entre para o corpo, causando convulsões e a morte.
As pesquisas de Rocha e Pinheiro consistem em delimitar uma área do recife e contar todos os peixes que nadam por ali. Outros biólogos mergulharam em maiores profundidades, mas apenas para recolhas rápidas, salienta Tom Bridge, da Universidade James Cook (Townsville, Austrália), em declarações à New Scientist.
Outro peixe de profundidade foi descoberto esta semana, perto de Curaçao, numa missão do Instituto Smithsonian que usou um submergível inovador para atingir profundidades de 300 metros.
O Scorpaenodes barrybrowni, nome científico do peixe recém-descoberto (na foto) é extravagantemente colorido de laranja avermelhado, rosa e amarelo.
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