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Não esquecer. Trabalhos de investigação do cancro-resinoso-do pinheiro já começaram

O Grupo Operacional +PrevCRP – Desenvolvimento de estratégias integradas para prevenção do cancro-resinoso-do-pinheiro iniciou já os seus trabalhos.

Liderado pelo O ICNF — Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e contando com 13 parceiros, este projecto que tem por foco o fungo que ataca principalmente espécies do género Pinus. Visa actuar tanto ao nível das sementes como das plantas, para minimizar / eliminar o risco de dispersão daquele fungo, implementando metodologias eficazes para o seu controlo e com aplicação em larga escala, de modo a poderem ser utilizadas pelos fornecedores de MFR – Materiais Florestais de Reprodução no tratamento de sementes, substratos, contentores e água de rega.

Trabalhos até Setembro de 2021 com apoio do PDR 2020

O plano de trabalhos deste GO decorrerá até Setembro de 2021, sendo financiado pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), no âmbito do PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020) com o montante total de 447.842,94 € e duração de 48 meses (01/10/2017 a 30/09/2021).

O fungo Fusarium circinatum Nirenberg & O’Donell, causador do cancro-resinoso-do-pinheiro, pode causar mortalidade significativa em Pinus spp. e danos apreciáveis em Pseudotsuga menziesii, as suas espécies hospedeiras, sendo considerado, em muitos países, um dos mais importantes agentes bióticos nocivos que afecta plantas de viveiro e árvores adultas, frisa o Instituto.

Porquê este projecto?

O fungo Fusarium circinatum Nirenberg & O’Donell, causador do cancro-resinoso-do-pinheiro, pode causar mortalidade significativa em pinheiros e danos apreciáveis em Pseudotsuga menziesii, sendo considerado um dos mais importantes agentes bióticos nocivos, afectando plantas de viveiro e árvores adultas.

Segundo o ICNF, em 2008, foi detectado em Portugal e confirmada a presença em fornecedores de materiais florestais de reprodução – MFR (plantas, sementes e partes de plantas). Apesar do fungo se dispersar pelo ar, água ou insectos, a principal via de disseminação é a circulação, em particular entre Estados-membros, de sementes e plantas (incluindo contentores e substratos), pois o fungo pode estar presente sem provocar sintomas, aumentando o risco de dispersão e os danos e prejuízos nas árvores adultas.

Medidas fitossanitárias de emergência

A Comissão Europeia estabeleceu medidas fitossanitárias de emergência (Decisão nº 2007/433/CE, da Comissão, de 18 de Junho), para evitar a sua introdução e dispersão em novas áreas. Estas medidas implicam a destruição de todas as plantas ou sementes dos lotes infectados (após confirmação laboratorial) e a manutenção em quarentena (2 anos) dos restantes lotes de espécies hospedeiras situadas no mesmo local.

Em Portugal, foi publicada a Portaria n.º 294/2013, de 27 de Setembro, que reforça as medidas previstas na Decisão.

Estas medidas condicionam a actividade dos fornecedores de MFR nacionais (destruição de milhares de plantas hospedeiras) e poderá limitar o abastecimento do mercado nacional e levar a uma redução da área a arborizar, em particular com pinheiro-bravo, contrariando a Estratégia Nacional para as Florestas.

Quem beneficiará?

Refere fonte institucional do IFCN que vão beneficiar com este projecto os fornecedores de MFR (cerca de 250) e, de forma indirecta, a fileira do pinho, nomeadamente produtores(as) florestais, técnicos(as) do sector florestal e instituições governamentais.

Saiba tudo sobre o projecto aqui.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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