A pesca de atum em Moçambique tem um potencial estimado em 200 mil toneladas. Mas de Janeiro ao final de Agosto apenas foram capturadas 2.433 toneladas. Quem o diz é a directora geral-adjunta da Administração Nacional das Pescas, Estela Mausse.
Aquela responsável, citada pela agência noticiosa AIM, disse que a quantidade de atum capturado está muito aquém do potencial existente nas águas territoriais de Moçambique e que levaram à constituição da Empresa Moçambicana de Atum (Ematum), que entretanto vai ser extinta.
Criada em 2013 pelo Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE), a Ematum “contraiu um empréstimo de 850 milhões de dólares com os quais adquiriu barcos de pesca e de vigilância e material de guerra, que mais tarde acabou por ser incluído no escândalo das dívidas ocultas contraídas por outras duas empresas públicas com aval do Estado”, refere o portal Macauhub.
Tunamar deverá começar a funcionar em 2019
Em Abril passado, o primeiro-ministro de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, anunciou a extinção da Empresa Moçambicana de Atum e sua substituição por uma nova sociedade, a Tunamar, ao abrigo de uma parceria com a empresa norte-americana Frontier Service Group.
Sobre a Tunamar, Estela Mausse disse ainda à AIM ter “informações de que vai começar a funcionar em 2019”.
Frota de 24 barcos de pesca
A constituição da nova empresa irá fazer com que a frota de 24 barcos de pesca da Ematum comece finalmente a operar, após anos de inactividade no porto de Maputo.
O empresário norte-americano Erik Prince, presidente do Frontier Services Group, com sede em Hong Kong, assinou em Dezembro de 2017 um acordo com o governo de Moçambique para o estabelecimento de uma parceria para recuperar a Empresa Moçambicana de Atum.
Agricultura e Mar Actual