“O que não leva para casa acaba em doces e chutneys”, é esta a proposta da Missão Continente, que acaba de lançar uma nova gama de doces e chutneys, feitos a partir de produtos alimentares em fim de vida, provenientes das lojas Continente. A primeira gama de produtos de economia circular.
Tomate, abóbora e noz, cenoura, tomate e manjericão, pimento e cebola são os sabores disponíveis. Estes são os primeiros produtos do género em Portugal, apresentados por uma cadeia de retalho.
“Diariamente, o Continente recebe frutas e legumes frescos, significando que os do dia anterior perdem valor comercial, apesar de estarem ainda em excelentes condições de consumo. São estes produtos que são, então, recolhidos nas lojas Continente para serem transformados de acordo com os mais elevados padrões de qualidade e segurança alimentar”, diz um comunicado da marca.
Economia circular
A este processo, de transformar produtos alimentares em fim de vida, através da reutilização, recuperação ou reciclagem, chama-se economia circular, que surge em oposição ao modelo de economia linear, que pressupõe que um produto tem um principio e um fim.
“O Continente trabalha há muito tempo no sentido de combater o desperdício alimentar ao longo de toda a cadeia de abastecimento e tem, há mais de 20 anos, uma equipa interna dedicada a esse processo nas suas lojas”, adianta a marca.
Através da Missão Continente são, ainda, doados produtos a Instituições de Solidariedade Social (IPSS) e de apoio a animais. Em 2016, as doações equivaleram à entrega de 1,6 milhões de refeições a IPSS’s e de 1,2 milhões de euros em alimentos para animais.
Mais recentemente, o Continente criou também o projecto “Transformar.te”, com o objectivo de valorizar o desperdício alimentar remanescente. A iniciativa consiste em reduzir o desperdício através do reembalamento de produtos, de iniciativas de escoamento, reutilização de produtos, doações internas, entre outras acções.
O administrador da Sonae MC, José Fortunato, afirma que “como um terço dos alimentos produzidos no mundo são desperdiçados, e seriam suficientes para alimentar todas as pessoas que passam fome, é imperativo que a sociedade se mobilize para Combater o Desperdício Alimentar. Há, portanto, muito trabalho a fazer e, por isso, é com orgulho que lançamos esta nova gama de produtos, a primeira do género feita de excedentes das lojas, que assume o papel simbólico de embaixadora desta mudança de mentalidades. Estou certo que, num futuro próximo, iremos lançar outros produtos semelhantes”.
Agricultura e Mar Actual