O Museu da Oliveira e do Azeite, de Mirandela, abriu portas há um ano e já recebeu cerca 9 mil visitantes. Tem vindo a “despertar a adesão dos visitantes que o consideram um espaço rico em temáticas associadas ao azeite”, salienta fonte institucional da autarquia de Mirandela.
O Museu conduz os visitantes a “uma viagem no tempo, exalta as memórias longínquas e declama um enunciado de emoções que se enaltece e atinge o expoente nas provas e degustação de azeite ao completar o percurso expositivo”, acrescenta a mesma fonte.
Foco turístico e cultural de Mirandela
Para os responsáveis pela Câmara Municipal, “é um foco turístico e cultural de Mirandela por excelência, caracteriza o azeite como um produto âncora e um activo económico do território, concelho, região e País”.
A autarquia ambiciona que o Museu da Oliveira e do Azeite seja uma “referência a nível nacional e internacional com forte incremento do turismo, na cultura e no património imaterial”.
O Museu
O Museu da Oliveira e do Azeite, funciona nas antigas instalações da Moagem Mirandelense. A antiga Moagem, já quase uma peça de arqueologia industrial, ainda que modesta, acusa nos limites do lote completamente ocupado, a passagem do tempo e da história, com uma série de compartimentos e acrescentos, materializados de modos diferentes, como a madeira, ferro e betão, a girar em torno de um pavilhão quadrado, central, em pedra.
O espaço é rico de sugestões arquitectónicas, quer através das inesperadas soluções de carácter utilitário e pragmático que foram sendo introduzidas ao longo do tempo, quer sobretudo, através da luz, do modo de captar que o espaço nos propõe entre as seteiras que apertam o sol no alçado Sul.
Réplica de um Lagar de Azeite
O Museu é constituído por um espaço da entrada, onde fica concentrada toda a logística, como a recepção aos visitantes, uma valência de esplanada e cafetaria e a loja de vendas. Por uma réplica de um Lagar de Azeite que está exposta no pavilhão central da Antiga Moagem, um módulo dedicado à Oliveira, onde tem uma projecção de vídeo que introduzirá o tema da fauna e da flora associadas à mesma.
Tem uma sala do trabalho, que é animada com o som de canções de trabalho, fotografias da actividade do varejo da azeitona e do seu transporte e pela presença de material etnográfico.
A partir desta sala, poder-se-á, subir ao primeiro piso, através de um curioso percurso ascensional. Há uma sala dividida, em seis “nichos” que albergam outras tantas colecções de material relacionado com as consabidas utilizações do azeite, gastronomia, indústria farmacêutica, iluminação, aquecimento, cosmética e indústria conserveira.
Tem também um auditório de 48 lugares, que completa o percurso expositivo, com hipótese de visualização de filmes, sessões de debate ou conferências.
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