As mercadorias movimentadas nos portos nacionais diminuíram 1%, contrastando com os aumentos verificados nos trimestres anteriores (+2,7% no 4.º T 2015 e +3,9% no 1.º T 2016). As mercadorias transportadas por via ferroviária registaram uma redução de 4,1% em toneladas mas aumentaram 3,9% em toneladas-quilómetro (-7,3% e -2,0% no 1.º T 2016, pela mesma ordem).
Segundo divulga o Instituto Nacional de Estatística (INE), nos aeroportos nacionais verificou-se uma redução de 1,5% no movimento de carga e correio, ainda assim menor que as observadas nos trimestres precedentes (-8,0% no 4.º T 2015 e -4,9% no 1.º T 2016). As mercadorias transportadas por estrada diminuíram 1,7% em toneladas reflectindo sobretudo a evolução da componente nacional (-2,8%). O transporte rodoviário internacional (+4,3%) manteve a tendência de crescimento anteriormente verificada ainda que a um menor ritmo que o observado no trimestre anterior (+7,5%).
O transporte aéreo continua com crescimentos expressivos, com aumentos de 12,3% e 11,2% nos movimentos de aeronaves aterradas e de passageiros, respectivamente. Também o transporte de passageiros nas vias ferroviárias pesadas e no metropolitano continuou a registar aumentos (+2,1% e +10,1%, respectivamente).
Movimentadas 22,6 milhões de toneladas
No 2º trimestre de 2016 entraram nos portos marítimos nacionais 3.780 embarcações, das quais 3.152 de mercadorias, o que se traduziu numa redução de 0,6% (+1,2% no 1.º T 2016). A dimensão das embarcações entradas estabilizou (+0,1%, +6,5% no trimestre anterior), tendo atingido os 63,9 milhões GT.
O movimento de mercadorias situou-se em 22,6 milhões de toneladas, diminuindo 1,0%, contrastando com o aumento de 3,9% registado no trimestre anterior.
A nota do INE acrescenta que o porto de Sines movimentou 11,9 milhões de toneladas de mercadorias (+8,8%), tendo sido responsável por 52,7% do movimento total de mercadorias nos portos nacionais.
Os demais principais portos tiveram reduções, como Leixões (-4,4%, sucedendo a -4,5% no trimestre precedente). Os portos de Lisboa e Setúbal continuaram a registar evoluções negativas neste trimestre (-25,9% e -3,7% de toneladas movimentadas, respetivamente), tendo o porto de Lisboa registado acentuadas reduções em Abril e Maio (-31,9% e -43,2%), sob influência das paralisações no setor. Também no porto de Aveiro ocorreu redução (-18,1%).
Porto de Sines responsável por 56,5% do tráfego internacional
O tráfego internacional de mercadorias (82,5% do total) diminuiu 7,2% (+1,8% no 1.º T 2016) atingindo 18,7 milhões de toneladas.
O porto de Sines, responsável por 56,5% do total de tráfego internacional, movimentou 10,5 milhões de toneladas em tráfego internacional, correspondendo a um aumento de 3,4%.
Também o porto de Figueira da Foz verificou um acréscimo de 9,0% neste tipo de tráfego, enquanto os restantes principais portos do Continente registaram reduções no tráfego internacional de mercadorias (-26,2% em Lisboa, -23,7% em Leixões e -16,6% em Aveiro).
O tráfego entre portos nacionais (17,5% do total) correspondeu a 4,0 milhões de toneladas, das quais 35,2% em Sines e 35,0% em Leixões.
Agricultura e Mar Actual