O secretário de Estado das Florestas disse ontem, 16 de Maio, em Mondim de Basto, haver nos fundos comunitários 500 milhões de euros para o sector florestal, actividade que o presidente da Câmara diz ter “grande importância” económica no concelho.
“Há um conjunto de medidas no âmbito do Portugal 2020 que vão apoiar a floresta e os baldios”, assinalou o Amândio Torres, em declarações à Lusa, segundo o site da Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal.
Os fundos europeus, disse, podem contemplar vários tipos de projectos na fileira, incluindo a manutenção de povoamentos e instalação, para além de apoios para as empresas que fazem a exploração florestal. Amândio Torres disse à Lusa que os fundos comunitários para o sector dão prioridade às zonas dos baldios.
A convite do presidente da Câmara, o secretário de Estado deslocou-se a Mondim de Basto para assistir à apresentação de uma caracterização florestal do concelho. Participou também numa reunião de trabalho com as 14 Unidades de Gestão de Baldio.
O presidente da Câmara de Mondim de Basto, Humberto Cerqueira, manifestou-se atento às leis do baldio, que estão em discussão na Assembleia da República, lembrando que 80 por cento da área do concelho está ligada, directa ou indirectamente, à floresta.
“É uma actividade muito importante no município, não só pela madeira e pela resina, mas também do ponto de vista dos recursos naturais e paisagísticos é uma marca fortíssima deste território”, comentou.
Gestão dos baldios
O autarca socialista aproveitou a visita do secretário de Estado para mostrar, no concelho, alguns “bons exemplos” da gestão de baldios em benefício das populações.
Sobre o modelo de gestão dos baldios, matéria que foi analisada na reunião de trabalho, o presidente da Câmara de Mondim de Basto, disse não ter uma posição assumida sobre o assunto, mas lembrou não haver “modelos perfeitos”. “Por questões de tradição, parece-me que a população deve ter uma participação importante na gestão dos baldios”, assinalou.
O secretário de Estado afirmou, a propósito, haver na Assembleia da República “uma certa convergência naquilo que é fundamental alterar relativamente à lei dos baldios em vigor”. No novo quadro legal, disse, aponta-se no sentido do reforço das competências técnicas dos baldios para melhorar a gestão da floresta, num quadro de maior autonomia face ao Estado.
Agricultura e Mar Actual