A WWF apresentou dia 14 de Outubro o Guia WWF para consumo de pescado ‘Histórias por detrás do seu prato’, que já está online, aqui. A associação apresentou também a instalação ‘Nem tudo o que vem à rede é peixe para comer. Há muitas histórias por detrás do seu prato’: um barco com três secções que constituem a base das recomendações da WWF presentes no guia – ‘o tamanho conta, há mais peixe no mar e as etiquetas são nossas amigas’ (tamanho, diversidade e rotulagem).
Este lançamento aconteceu dois dias antes da celebração do Dia Mundial da Alimentação, a 16 de Outubro, e “responde ao problema da sobre-exploração dos recursos marinhos e dos impactos e consequências das opções de consumo de pescado para as pessoas e para a natureza”, diz Angela Morgado da WWF.
“A WWF através deste guia alerta para a diferença que os consumidores portugueses e europeus podem fazer com uma escolha responsável de peixe e marisco, ajudando a repor os níveis equilibrados nos ecossistemas e a proteger os oceanos”, acrescenta aquela responsável.
Segundo dados da WWF, em termos globais, cada um de nós consome uma média de 20 kg de pescado por ano, quase o dobro de há 50 anos atrás; 93% dos stocks de peixe no Mediterrâneo estão sobre-explorados e 31% dos stocks globais estão sobre-explorados. O problema é mais relevante ainda se considerarmos que 800 milhões de pessoas dependem do peixe como uma fonte essencial de proteínas.
A União Europeia é o principal importador mundial de pescado e mais de metade é importado de países asiáticos, africanos e outros em desenvolvimento, onde muitas comunidades locais dependem da pesca para sobreviver.
Guia para encontrar soluções
Este Guia vem ajudar a encontrar soluções para a forma como estamos a consumir o pescado, recomendando aos consumidores mais atenção no momento da escolha e da compra destes produtos.
O guia para consumo de pescado da WWF apresenta três recomendações simples para um consumo sustentável de pescado: ter atenção ao tamanho mínimo legal dos peixes, variar a dieta de peixe e verificar os rótulos, optando por produtos com selos que confirmam a sustentabilidade da pescaria e o respeito pelo meio ambiente, como o MSC e o ASC, para a pesca selvagem e aquacultura, respectivamente.
Ao mesmo tempo oferece 10 receitas de 10 chefs europeus que apoiam o guia da WWF. A receita que representa Portugal no guia é da autoria do Chef Vitor Sobral – Bacalhau confitado com tomate seco e alperces.
O guia apresenta ainda um sistema de cor simples (azul para produtos certificados, verde para boa opção, amarelo para pense duas vezes e vermelho para pescado a evitar) para uma lista de 15 espécies marinhas mais consumidas em Portugal (Atum Patudo, Atum Bonito, Pescada, Bacalhau, Salmão, Dourada, Carapau, Camarão de Moçambique, Sardinha, Robalo, Polvo, Cavala, Amêijoa-Boa, Berbigão e Mexilhão), permitindo ao consumidor perceber em que estado se encontram estas espécies e fazer a opção de consumo mais responsável.
Actualizado com novas espécies
Na versão online a lista é mais alargada e será actualizada com novas espécies e novas informações sobre o seu estado. Esta versão tem ainda a vantagem de poder ser usada sem ser descarregada.
A versão impressa vai ser distribuída em locais onde acções desenvolvidas pela WWF em Portugal estão a ser programadas, muitas delas no contexto de outras acções ligadas ao mar. Todas elas serão anunciadas previamente nas redes sociais e website da WWF. Ou pode ser descarregada uma versão em PDF.
A primeira acontece já no próximo dia 17 de Outubro, pelas 12h, no Time Out Market Lisboa, no Mercado da Ribeira, onde vai ser distribuído o Guia WWF para consumo de pescado ‘Histórias por detrás do seu prato’; o ponto de encontro é junto à nossa instalação ‘Nem tudo o que vem à rede é peixe para comer. Há muitas histórias por detrás do seu prato’.
Esta instalação, da autoria da Ogilvy&Mather, foi criada como parte do projecto ‘Fish Forward – por um consumo responsável de peixe e marisco e um futuro para os oceanos’, que incentiva o consumo responsável de peixe e marisco, junto dos consumidores, das empresas e autoridades, em Portugal e na Europa de forma a permitir a recuperação das unidades populacionais de peixe, actualmente sob pressão, e promover a sustentabilidade dos oceanos.
Agricultura e Mar Actual