O secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou hoje, 20 de Novembro, em Ponta Delgada, que a visita do eurodeputado Manuel Pizarro “é uma oportunidade para conhecer a realidade das pescas nos Açores, de uma forma mais próxima”, nomeadamente “as suas potencialidades, mas também os seus constrangimentos”.
“Somos sempre poucos para defender determinadas causas”, afirmou Gui Menezes, acrescentando que a visita ao arquipélago do eurodeputado, que é membro efectivo da Comissão das Pescas, “ajudá-lo-á a defender, em colaboração com o Governo Regional, os interesses da Região [em Bruxelas]”.
Roteiro para as Pescas
Gui Menezes falava aos jornalistas no final de uma reunião com o eurodeputado socialista Manuel Pizarro, que iniciou hoje, em São Miguel, o ‘Roteiro para as Pescas’, que visa a realização de um levantamento da realidade do sector em todo o país.
O governante referiu que, durante o encontro, o financiamento comunitário para as áreas das Pescas e da Ciência, bem como os modelos de gestão no âmbito da Política Comum de Pescas foram alguns dos temas abordados.
“A última proposta do próximo quadro comunitário de apoio é uma boa proposta porque mantém o financiamento no período 2021-2027 para os Açores”, disse, frisando, contudo, que “há pontos que gostaríamos que fossem melhorados”.
Discriminação positiva
O secretário Regional apontou, como exemplo, “questões relacionadas com Totais Admissíveis de Captura (TAC) e quotas para algumas espécies”, defendendo “a discriminação positiva na distribuição de algumas quotas [atribuídas aos Açores], tendo em conta o carácter artesanal e mais sustentável da nossa pesca”.
“De uma vez por todas, isto tem de ser diferenciado na Política Comum de Pescas”, sublinhou, defendendo ainda a necessidade de haver mais financiamento para a investigação ligada ao mar.
“Somos uma das maiores regiões marítimas da Europa, o mar que nos rodeia é um dos maiores da Europa e, para conhecermos este mar e também para corresponder às nossas responsabilidades perante várias directivas comunitárias, como a Rede Natura 2000 e a Directiva Quadro Estratégia Marinha, em que temos responsabilidade de monitorizar uma série de parâmetros e produzirmos uma série de indicadores ao longo do tempo, temos de ter alguma diferenciação nos apoios para a investigação no domínio dos oceanos”, disse Gui Menezes.
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