A economia portuguesa continua a mostrar dinamismo. As exportações continuam a ser as principais responsáveis pelo crescimento. O Produto Interno Bruto (PIB), em termos homólogos, aumentou 2,8% em volume no primeiro trimestre de 2017 (2,0% no trimestre anterior).
Esta evolução resultou do maior contributo da procura externa líquida, em consequência da aceleração mais acentuada das exportações de bens e serviços que a observada nas importações de bens e serviços. A procura interna manteve um contributo positivo elevado, embora inferior ao do trimestre precedente, verificando-se uma desaceleração do consumo privado e uma aceleração do investimento, divulga o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A analista do Millennium bcp, Márcia Rodrigues, realça que este é “um ritmo não observado desde o final de 2007 e que representa uma aceleração significativa face ao trimestre anterior (2,0%)”. Esta evolução, “além de relevante em termos da sua magnitude, torna-se particularmente significativa no sentido em que revela uma melhoria generalizada das várias componentes do PIB, com o consumo privado a ter um contributo de 1,5 p.p., o investimento 0,9 p.p. e as exportações líquidas 0,5 p.p”, acrescenta aquela analista.
Do lado da oferta, é “igualmente de salientar o aumento do VAB nos vários sectores de actividade, em contraste com os trimestres anteriores, em que o principal contributo advinha das actividades associadas ao turismo, destacando-se o crescimento de 4,5% da indústria, em termos homólogos”, refere Márcia Rodrigues na sua nota de conjuntura.
Crescimento de 1% face a Dezembro
Comparativamente com o quatro trimestre de 2016, o PIB aumentou 1,0% em termos reais (variação em cadeia de 0,7% no trimestre anterior). O contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB passou de negativo para positivo, reflectindo o maior aumento das exportações de bens e de serviços face ao registado pelas importações de bens e serviços.
O contributo da procura interna diminuiu de forma expressiva devido, principalmente, ao contributo negativo da variação de existências. O consumo privado e a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registaram crescimentos positivos embora menores que os observados no trimestre anterior.
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