O director Regional da Agricultura salientou hoje, 29 de Janeiro, o “progresso muito significativo” feito pelos Açores nas áreas da diversificação agrícola, frisando que importa prosseguir este trabalho, nomeadamente ao nível da produção biológica de leite e carne, por ser “um nicho de mercado com vantagens inequívocas”.
“Em algumas áreas (hortícolas, frutícolas), fizemos um progresso muito significativo, mas outras existem onde há um caminho que estamos a iniciar e que, naturalmente, importa percorrer rapidamente”, afirmou José Élio Ventura, que falava, em Angra do Heroísmo, à margem de uma formação em Agricultura Biológica ministrada por elementos da Direcção–Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, que contou com 23 formandos.
85 produtores biológicos
A Região passou de 22 produtores biológicos em 2005 para 85 em 2016, correspondendo a uma área que aumentou de 68 para 670 hectares no mesmo período.
Para uma Região Ultra-periférica como os Açores, que está longe dos mercados, dispersa geograficamente e com custos de produção acrescidos, José Élio Ventura salientou a importância de apostar em produtos diferenciados e na qualidade, sendo que já há vários operadores interessados no leite e carne biológica dos Açores.
“Claramente, a agricultura biológica e a produção de leite e carne biológica pode ser uma excelente estratégia para valorizarmos os nossos produtos e chegarmos de uma forma diferente ao mercado, obtendo maior rendimento e, com isso, gerando mais receita aos produtores”, salientou o director Regional, recordando que os Açores são responsáveis por cerca de 50% da produção nacional de queijo e cerca 33% de leite.
Agricultura e Mar Actual