“Não se pode cair nem na ilusão de que todo o Sequeiro irá ser irrigável a prazo, nem na fatalidade de que esta é uma agricultura inviável”, afirma o director-geral do GPP — Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral, Eduardo Diniz, realçando que “mesmo com a aposta na expansão da área irrigada e na introdução de tecnologias de poupança e distribuição de água, o desenvolvimento da agricultura de sequeiro tem de ter soluções próprias para valorizar o seu potencial produtivo e agroambiental”.
Eduardo Diniz, no seu editorial da edição nº 31 da publicação Cultivar – Cadernos de Análise e Prospectiva, dedicada ao sequeiro, adianta que “Portugal continental está, em grande parte do seu território, particularmente o Sul e o Interior, sob a influência do clima mediterrânico, caracterizado por Invernos suaves e chuvosos e Verões com défice de humidade e em que com alguma regularidade ocorrem secas. Na ausência de irrigação, a agricultura que se desenvolve nestas regiões é uma agricultura de sequeiro, muitas vezes apenas designada como – Sequeiro, a qual está dependente da humidade do solo, das águas subterrâneas e da chuva ocasional.
“Estas condições levam à prática de uma agricultura extensiva em que as pastagens, as culturas forrageiras e as culturas permanentes são as principais opções dos agricultores, que se expandem ao longo de um mosaico agroflorestal”, acrescenta.
Para o director-geral do GPP, “a construção de soluções para a viabilização destes territórios, quer por via do mercado, quer por via dos apoios públicos é essencial para o desenvolvimento equilibrado do nosso País”, avançando várias são as áreas de actuação: “o desenvolvimento de tecnologias para o desenvolvimento de variedades resistentes à seca, as práticas de agricultura de conservação, a diversificação, a valorização do património natural e cultural, os serviços de ecossistema, etc.”.
Sessão de debate
Com o objectivo de promover uma reflexão alargada sobre o tema, o GPP vai realizar uma sessão de debate a 28 de Outubro. A sessão realiza-se nas instalações do GPP em Lisboa, com transmissão em directo no canal GPP no YouTube, aqui. Consulte o programa da sessão aqui.
Para participação presencial, inscreva-se preenchendo o formulário disponível aqui, até 24 de Outubro.
Os interessados podem colocar questões, remetendo-as até 24 de Outubro para: cultivar@gpp.pt.
Pode consultar a edição nº 31 da publicação Cultivar – Cadernos de Análise e Prospectiva aqui.
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