A directora Regional dos Recursos Florestais alertou hoje, 25 de Janeiro, que os coelhos-bravos encontrados mortos na ilha de São Miguel devem ser enterrados ou dado conhecimento aos Serviços Florestais.
“Estão a ser detectados coelhos-bravos mortos em diversos pontos (da ilha de São Miguel)”, afirmou Anabela Isidoro, acrescentando que se trata da “evolução normal” da Doença Hemorrágica Viral (DHV), pois “o expectável é que a doença progrida de uma forma lenta”.
A directora Regional dos Recursos Florestais falava no final de uma visita ao Centro de Divulgação Cinegética, na Reserva Florestal de Recreio da Chã da Macela, na Lagoa, em São Miguel.
Proibido caçar
Desde o final de Dezembro que é proibido caçar em toda a ilha de São Miguel devido a um novo surto da nova variante da DHV que está a afectar a população de coelhos-bravos.
A libertação de cães de caça em qualquer tipo de terreno onde exista ou ocorra fauna cinegética também está proibida.
“Numa situação destas, o mais aconselhável é interferir o mínimo possível com a população de coelhos-bravos para que esta possa reagir de uma forma natural e consistente”, frisou Anabela Isidoro.
Transmissão
O vírus transmite-se por contacto directo entre coelhos doentes, contacto com material orgânico proveniente de coelhos doentes ou através de vectores vivos e de objectos contaminados, podendo os caçadores e os cães de caça funcionar como um meio de disseminação da doença.
Anabela Isidoro salientou ainda que é possível observar no Centro de Divulgação Cinegética uma série de espécies cinegéticas, bem como painéis informativos com os calendários venatórios actualizados por ilha e outros que descrevem os processos de caça que podem ser praticados nos Açores.
A Diretora Regional estimou que cerca de 20 mil pessoas, entre residentes e turistas, visitam anualmente este centro.
“Este Centro de Divulgação foi inaugurado em 2012 com o objectivo de dar a conhecer aos caçadores e à população em geral quer a fauna cinegética existente nos Açores, quer o tipo de habitat onde esta se insere”, salientou Anabela Isidoro.
Agricultura e Mar Actual