A Casa do Azeite – Associação do Azeite de Portugal espera um aumento “significativo” da produção para este ano, “acima das 100.000 toneladas”. Refira-se que as cotações do azeite no mercado mundial continuam em alta, face à quebra na produção e ao aumento sustentado da procura.
Em Espanha, os preços elevados levaram a uma queda no consumo interno, estimada em 10%, e o sector oleícola estima nova descida no volume de produção para a próxima campanha, devido ao stress hídrico dos olivais, provocado pela falta de chuva.
Em resposta à agência Lusa, a secretária-geral da associação, Mariana Vilhena de Matos, enumerou entre as causas para a “quebra muito significativa” no ano passado as más condições climatéricas e ser uma campanha em contra-safra: “a um ano de grande produção segue-se, normalmente, um ano de produção mais baixa”.
“No entanto, apesar desses factos, a quebra surpreendeu-nos um pouco, pois as novas áreas de olival altamente produtivo continuam em expansão, principalmente no Alentejo, e deveriam ter contrabalançado, mesmo que parcialmente, essa quebra, o que parece não ter acontecido”, disse aquela responsável à Lusa, citada na página de Internet da Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal.
Mais azeitona para fazer o mesmo azeite
Mariana Vilhena de Matos acrescentou que a marcar o ano passado esteve ainda o “fraco rendimento da azeitona, ou seja, cada litro de azeite teve que ser produzido à custa de mais quilos de azeitona”.
Mas, para este ano, a Casa do Azeite espera um “significativo aumento da produção nacional, certamente para valores acima das 100 mil toneladas de azeite”, no âmbito das “favoráveis condições climatéricas, que permitiram uma excelente floração e vingamento dos frutos”.
Como factores positivos estão também o facto de ser um ano de safra (maior produção) e de entrada em produção de novas áreas recentemente plantadas.
Agricultura e Mar Actual