A directora Regional dos Recursos Florestais açoriana revelou ontem, 20 de Setembro, que os campos experimentais de cedro-do-mato (zimbro) e pau-branco já ocupam uma área superior a 10 hectares nas ilhas Terceira, S. Miguel e Pico, destacando que se pretende “transmitir os conhecimentos adquiridos a futuras plantações por privados”.
“As variáveis que estão a ser testadas são os compassos de plantação e podas, com o intuito de promover a formação de fuste, um tronco para aproveitamento de madeira”, afirmou Anabela Isidoro à margem de uma visita ao Viveiro Florestal de Espécies Autóctones das Fontinhas, no concelho da Praia da Vitória.
A directora Regional frisou que “o uso ambientalmente sustentado de algumas destas espécies, associado à elevada qualidade e valorização do seu material lenhoso, fazem com possam ser nucleares na definição de algumas políticas para o sector florestal regional”.
Conservação dos recursos naturais
Nesse sentido, salientou que “a sua utilização permite conciliar aspectos económicos com a preservação e conservação dos recursos naturais”.
Atendendo a que o uso de espécies florestais autóctones poderá ser estratégico visando a diversificação da base produtiva da floresta local, iniciou-se, no âmbito do Programa de Melhoramento Florestal dos Açores, uma linha de acção destinada à revitalização de espécies e seus habitats, tendo sido definidas como espécies prioritárias, numa primeira fase, a Juniperus brevifolia (cedro-do-mato) e a Picconia azorica (pau-branco).
O cedro-do-mato por ser a espécie mais emblemática da floresta endémica dos Açores e provavelmente a mais plástica em termos de condições edafo-climáticas e o pau-branco pela sua rusticidade e pela qualidade da sua madeira.
A primeira fase do trabalho desenvolvido consistiu em estudar o efeito de diferentes tratamentos pré-germinativos, com o objectivo de melhorar significativamente a capacidade germinativa da semente e de homogeneizar os lotes de plantas produzidos.
A fase seguinte consistiu na instalação de uma rede de campos experimentais destinados ao estudo das técnicas culturais de instalação e condução das espécies, de forma a potenciar a sua utilização florestal, conciliando-se a rentabilidade com a conservação dos recursos genéticos.
Cedro-do-mato
A cedro-do-mato é endémica dos Açores. É uma árvore baixa de copa alargada e geralmente de tronco retorcido; as folhas, tipo agulha, encontram-se em grupos compactos, com 2 bandas brancas em cima.
É a única conífera dos Açores que não foi introduzida. Surge geralmente acima dos 500 metros, podendo no entanto ir dos 200 aos 1.500 m. É o elemento caracterizador da comunidades de floresta-de-nuvens nativa dos Açores, caracterizadas também pela presença de um grande número de plantas vasculares e briófitos raros. Com uma madeira muito apreciada, foi sucessivamente sendo cortado, sendo hoje raro populações com indivíduos altos.
Pau-branco
Endémica dos Açores, existe em todas as ilhas dos Açores, excepto na Graciosa. É uma árvore de casca lisa e esbranquiçada; folhas perenes e glabras, com cerca de 6 cm de comprimento, lanceoladas ou obovadas, características por terem a nervura central proeminente e as laterais pouco salientes; flores brancas, pequenas, em cachos axilares.
Surge habitualmente entre os 50 e 600 metros, dispersa nas florestas costeiras de Myrica, Pittosporum e Erica, sendo a única árvore endémica dos Açores que se encontra confinada à vegetação abaixo da laurissilva. Povoamentos puros ou velhos são raros. Fornece uma boa madeira para marcenaria, o que está certamente na origem do seu desaparecimento e eminência de extinção em algumas das ilhas.
Agricultura e Mar Actual
Esta planta deve ser prweservada de todos os intenperes naturais., humanos e/ou qualqer coisa que possa lhe impedir da sua persistencia. Local dado a sua importancia. Sobretudo a sua beleza.