O Aquário Vasco da Gama liberta hoje, 20 de Abril, e no dia 27 de Abril, duas espécies de peixe de água doce consideradas em perigo.
Esta acção decorre no âmbito do projecto “Conservação ex situ de organismos fluviais” na qual aquele órgão cultural da Marinha participa em parceria com o MARE-ISPA, a Quercus e a Faculdade de Medicina Veterinária com o objectivo de reproduzir e manter espécies ameaçadas de água doce da fauna e flora portuguesas, para posterior libertação.
“Esta é uma forma de proteger as espécies consideradas criticamente em perigo, devido à redução das populações no meio natural, provocada por vários factores: descargas de poluentes, ocorrência cada vez mais frequente de Verões prolongados e secos, destruição da vegetação das margens e proliferação de espécies invasoras vegetais e animais”, explica um comunicado da Marinha.
Criados no Aquário
Alguns destes peixes, reproduzidos e criados no Aquário Vasco da Gama, vão agora ser libertados no meio natural, com a autorização do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.
No dia 20 de Abril, pelas 13h30, serão libertados na ribeira de Colares, concelho de Sintra, 60 Escalos do Sul (Squalius pyrenaicus) criados em cativeiro e descendentes de exemplares capturados no mesmo rio. Esta é uma espécie considerada em perigo e apenas existe na península Ibérica, a sul da bacia hidrográfica do Tejo e em algumas pequenas ribeiras da região oeste.
No dia 27 de Abril, pelas 15h30, serão libertados na ribeira de Odelouca, concelho de Monchique, 500 Bogas do Sudoeste (Iberochondrostoma almacai) criadas em cativeiro e descendentes de exemplares capturados no mesmo rio. Esta é uma espécie considerada criticamente em perigo e apenas existe em Portugal, nas bacias hidrográficas dos rios Mira e Arade.
Agricultura e Mar Actual