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Análise Agro.Ges: olival, vinha para vinho e amendoal representam mais de 4/5 da área de culturas permanentes

O olival, a vinha para vinho e o amendoal em 2023, em conjunto, significavam mais de 4/5 da área de culturas permanentes em Portugal: o olival com 381 mil hectares, a uva para vinho com 174 mil hectares e o amendoal com 72 mil hectares, avança uma análise da consultora agrícola Agro.Ges, na 21ª edição do Millennium Agro News, dedicada às “Principais fileiras agrícolas em números”.

Em 2023, a área de culturas permanentes em Portugal, foi de 764.912 hectares, refere a análise da Agro.Ges, adiantando que nesta abordagem teve-se em conta 18 culturas que, em conjunto, representam 92% da área de culturas permanentes, realçando , salvo uma ou duas excepções, não ter havido decréscimos de áreas em culturas permanentes, tendo ocorrido três crescimentos que se destacam: o amendoal (+12%), as tangerinas (+26%) e o abacate (12%).

Produção e produtividade

Em 2023, Portugal produziu 3,2 milhões de toneladas de produtos com origem nas culturas permanentes, na análise da Agro.Ges (97% do total). “O olival e a vinha para vinho, sobressaem pela sua importância em termos de dimensão física, e a maçã e a laranja que, apesar de representarem uma área menor, apresentam produções relevantes devido ao seu potencial produtivo por unidade de área”, adianta a consultora.

Por outro lado, “analisando as produtividades médias atingidas em Portugal, pode-se constatar que são muito variáveis de cultura para cultura, mas não é representativo do potencial da cultura”. As culturas que mais se destacaram em termos de produtividade, em 2023, foram a framboesa, a maçã e o limão, todas acima das 20 t/ha, seguindo-se a laranja, a amora e o kiwi em torno das 15 t/ha.

As framboesas e as amoras são culturas que sobressaem, não só pelo seu potencial produtivo, mas também pelo número de ciclos que os sistemas de produção actuais permitem fazer ao longo de um ano civil, salienta a Agro.Ges.

E acrescenta existirem culturas que “apresentam produtividades inferiores, mas que não se podem comparar, sendo exemplo as fruteiras de casca rija, como o amendoal e nogueiral, uma vez que são produtos que se vendem secos, enquanto que os outros são frutos frescos com teores de água elevados”.

A consultora agrícola refere ainda que “os frutos secos e o olival deram produtividades inferiores às que se consideram como potencial da cultura. A excepção foi a uva para vinho, que se encontra ligeiramente acima do limite inferior do potencial. Estes resultados podem-se explicar pela grande importância que os pomares tradicionais ainda assumem e de uma grande parte dos pomares modernos ainda não se encontrar em plena produção”.

Pode ler a 21ª edição do Millennium Agro News aqui.

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