A área de culturas temporárias em Portugal, em 2023, foi de 273.357 ha, excluindo as culturas forrageiras. Destacam-se os cereais, nomeadamente o milho, arroz, trigo e cevada, o tomate de indústria e a batata, com 28%, 10%, 9%, 5%, 6% e 5% respectivamente, totalizando quase 2/3 da área de culturas temporárias em Portugal, avança uma análise da consultora agrícola Agro.Ges, na 21ª edição do Millennium Agro News, dedicada às “Principais fileiras agrícolas em números”.
A consultora destaca ainda o decréscimo da área de culturas temporárias, com uma quebra de 4% relativamente ao ano anterior, à excepção das culturas forrageiras. Contudo, algumas culturas contrariaram a tendência geral, nomeadamente a cevada, o tomate de indústria e algumas hortícolas, nomeadamente a alface, a cenoura e o pimento.
E acrescenta que Portugal produziu mais de quatro milhões de toneladas de produtos com origem nas culturas temporárias analisadas — batata, alface, tomate fresco, abóbora, cebola, cenoura, courgette, couves, pimento, melão/melancia, tomate de indústria, arroz, milho, cevada e trigo.
Mas, refere a Agro.Ges, “os valores apresentados não se podem comparar entre si, uma vez que têm comportamentos completamente distintos dependendo da cultura, da área produtiva e do potencial produtivo de cada uma”.
Contudo, realça o tomate de indústria, o milho e a batata que, em conjunto, produzem mais de 2/3 da produção nacional de produtos com origem em culturas temporárias, onde se destaca o tomate de indústria, resultante do seu imenso potencial produtivo.
Produtividade
Quanto à produtividade, definida pela produção por unidade de área, a análise da consultora agrícola Agro.Ges realça ser esta muito variável de cultura para cultura. Mas, na produtividade média nacional das culturas temporárias analisadas, em 2023, destacam-se as das culturas do tomate, que segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), foram perto de 100 t/ha, tanto para o fresco como o de indústria.
Depois do tomate, surgem todas as outras hortícolas, destacando-se a cenoura, a courgette e a cebola, com produtividades médias entre as 40 e as 60 t/ha.
Comparativamente aos cereais, medido depois de seco e que registou produtividades como o milho com 10 t/ha, o arroz com 6,4 t/ha e a cevada e o trigo com 1,8 e 1,4 t/ha respectivamente, todas as hortícolas apresentaram produtividades superiores, realça a Agro.Ges.
Pode ler a 21ª edição do Millennium Agro News aqui.
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