A Secretaria Regional da Agricultura e Florestas dos Açores, através da Direcção Regional dos Recursos Florestais, decidiu reabrir domingo, 13 de Setembro, a caça ao coelho-bravo em algumas zonas da Ilha de São Miguel onde existem elevados níveis de abundância desta espécie e nas quais não há efeitos detectados da Doença Hemorrágica Viral (DHV).
A caça é autorizada inicialmente apenas pelo processo de corricão e passa a considerar, além do já habitual domingo, também as quintas-feiras, até ao final do mês de Outubro.
A caça pelos restantes processos tem início a 20 de Setembro e estende-se até ao final de Dezembro.
Elevadas densidades de coelho-bravo
“O esforço de caça acrescido justifica-se pelas elevadas densidades de coelho-bravo verificadas na zona central da ilha, através de censos realizados e constante monitorização por parte dos Serviços Florestais, e pela necessidade de exercer uma pressão de caça sobre a espécie, de modo a que sejam minimizados os prejuízos nas culturas agrícolas, já em produção e a instalar no próximo mês”, explica um comunicado do executivo açoriano.
As zonas onde será possível caçar compreendem sensivelmente a área central da Ilha de São Miguel, sendo que, para maior detalhe informativo, deve ser consultado o mapa disponibilizado através do Portal das Florestas do Açores, aqui.
De destacar que as zonas onde passará a ser possível caçar abrangem as áreas onde foram solicitadas e autorizadas correcções de densidade, deixando, contudo, uma margem de segurança para as áreas onde têm sido identificados coelhos mortos, entretanto confirmados com DHV.
A reabertura da caça foi avaliada numa reunião do Conselho Cinegético de São Miguel, tendo sido unânime que o esforço de caça devia ser aumentado e começar de imediato.
O Governo dos Açores interditou no início de Agosto a caça em toda a Ilha de São Miguel devido ao surgimento de um novo foco do surto de doença no coelho bravo, situação cuja evolução tem vindo a ser acompanhada e monitorizada.
“Apesar da interdição da caça em toda a Ilha de S. Miguel, continuou e continuará a ser possível recorrer a correcções de densidade sempre que a abundância das espécies cinegéticas cause prejuízo nas culturas agrícolas”, garante o mesmo comunicado.
Agricultura e Mar Actual