AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
O ministro da Agricultura, Pesca e Alimentação de Espanha, Luis Planas, considera que sectores como azeite, vinho e carne suína, nos quais o nosso país vizinho ocupa uma posição de liderança global, serão beneficiados pelo acordo entre a União Europeia e o Mercosul.
Durante o colóquio da Fundação Euroamérica, Luis Planas enfatizou que o acordo entre a União Europeia e o Mercosul é “uma grande oportunidade estratégica e comercial”. Planas destacou a importância dos acordos comerciais com países terceiros para o sector agroalimentar no actual contexto geopolítico internacional e nos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Segundo o ministro, o acordo com o Mercosul é “estratégico, moderno e equilibrado”, e reconheceu que é o maior da União Europeia em termos de economia populacional e tarifária.
De facto, o mercado do Mercosul é composto por 270 milhões de habitantes, e os seus países membros constituem a quinta maior economia fora da União Europeia, avança um comunicado de imprensa do governo espanhol.
“O nosso sector está pronto, já exporta para o Mercosul e, com a entrada em vigor do acordo, fará isso com custos menores e se tornará mais competitivo”, enfatizou o ministro. Sobre os sectores que serão beneficiados, Planas mencionou o azeite, o vinho e a carne suína, nos quais a Espanha ocupa uma posição de liderança global.
Luis Planas participou num colóquio da Fundação Euroamérica, dedicada a promover as relações da União Europeia com a América Latina e as Caraíbas. O ministro enfatizou que o acordo foi “cuidadosamente elaborado com foco nas sensibilidades dos produtores agroalimentares europeus”. Portanto, “oferece as protecções mais fortes já incorporadas num acordo comercial, e as quantidades de certos produtos sensíveis que podem ser importados para a UE foram cuidadosamente projectadas”.
A Comissão Europeia estima que, graças à redução de tarifas, as exportações europeias se beneficiarão de uma redução de tarifas de 4 mil milhões de euros, dos quais 400 milhões serão destinados à Espanha e 100 milhões a produtos agrícolas e alimentícios.
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