A Aicep acaba de publicar a informação sectorial “Hong Kong – Produtos Alimentares – Breve Apontamento”. Este documento inclui uma breve caracterização das importações de produtos alimentares, dos circuitos de distribuição e dos seus principais intervenientes, bem como das questões regulamentares a ter em conta nas operações de exportação para Hong Kong.
Segundo os analistas da Agência, “existem oportunidades para a oferta portuguesa de bens alimentares, sobretudo de produtos premium, inovadores, (quer ao nível produto, quer da embalagem e imagem), e de produtos saudáveis e biológicos cujo mercado está em franco crescimento”.
Pela sua dimensão e dinamismo económico, Hong Kong é uma das economias mundiais mais competitivas. Ocupa o 7º lugar no ranking do Global Competitiveness Index 2015-2016 do World Economic Forum e, de acordo com o Relatório Economic Freedom of the World de 2015, é a economia mais livre do mundo, posição que mantém há vários anos.
Hong Kong importa quase todos os agro-alimentares
A produção agro-alimentar em Hong Kong é muito reduzida e o território importa a quase totalidade dos produtos que consome. Com uma população acima dos sete milhões de habitantes, com um rendimento per capita superior a 40 mil USD, é o destino de mais de sessenta milhões de visitantes e turistas por ano e funciona como uma importante montra de tendências e de novos produtos alimentares.
Segundo os analistas da Aicep, Hong Kong é, ainda, um importante hub comercial e uma plataforma de entrada de produtos europeus na China Continental, beneficiando do Acordo CEPA – Closer Economic Partnership Agreement.
As importações de agro-alimentares e bebidas em 2015 atingiram 193,6 mil milhões de HKD (22,5 mil milhões de euros), com destaque para a carne, as frutas, o peixe e crustáceos, as bebidas e os lacticínios. No mesmo ano, as compras destes produtos a Portugal fixaram-se em 102 milhões HKD, sendo mais representativas nos peixes, crustáceos e moluscos (com um crescimento assinalável, passaram a ser os produtos mais bem posicionados), as preparações de carne e as conservas de peixe, as bebidas, a carne e os produtos lácteos.
As quotas de mercado de Portugal ainda são reduzidas e, mesmo nos produtos com valores mais elevados, não ultrapassam os 0,2%. Ainda assim, em 2015, Portugal foi o 16º fornecedor de crustáceos, o 10º de conservas de peixe e o sexto de azeite.
“O consumidor tem preferência por produtos saudáveis, com maior valor nutritivo, baixos em colesterol e açúcar, e ricos em cálcio e antioxidantes. Há uma procura crescente de produtos orgânicos, sendo os preços destes mais elevados”, revela o documento da Aicep.
O documento pode ser consultado aqui.
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